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Polícia Civil ouvirá funcionário do Campinense, vítima de suposto crime de injúria racial por torcedor do Botafogo-PB
Segundo a delegada Rosana Siqueira, que assume o caso, pelo menos um funcionário da Raposa afirmou ter se sentido atingido com o ato cometido pelo torcedor botafoguense.
Publicado em 10/06/2022 às 12:07
No último dia 18 de maio, um inquérito para apurar o caso de uma suposta injúria racial cometida por um torcedor do Botafogo-PB, durante o primeiro jogo da final do Campeonato Paraibano, contra o Campinense, foi aberto na Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância Religiosa de João Pessoa. O delegado à frente do caso, Marcelo Falcone, deu início às investigações. No entanto, após entrar em período de férias, o caso ficou a cargo da delegada adjunta, Rosana Siqueira, que, ao Jornal da Paraíba, afirmou que, antes do inquérito ser concluído pela Polícia Civil, mais pessoas envolvidas no caso, principalmente as vítimas, devem ser ouvidas.
"Dentro do inquérito não tem praticamente nada. Na minha concepção, são necessárias mais informações. O que mais vai importar agora é uma ou duas vítimas se apresentarem à delegacia, darem o seu depoimento e pronto. Entendo que o crime precisa ter uma vítima para se representar a injúria racial. De acordo com o entendimento do STJ (Superior Tribunal de Justiça), não há como condenar alguém sem uma vítima", afirmou.
Apesar de no inquérito ainda não haver o depoimento de uma vítima atingida pelo ato do torcedor, a delegada afirma que um funcionário do Campinense já entrou em contato com as autoridades e se dispôs a prestar depoimento sobre o caso. Rosana não soube especificar o nome ou a área de atuação dessa pessoa ligada ao clube, mas o presidente da Raposa, Danylo Maia, confirmou que a vítima mencionada pela delegada é o massagista do clube, Cleitinho, que se apresentará à delegacia em breve.
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