ESPORTES
Preocupada com obras para a Copa, Dilma quer balanços trimestrais a partir de junho
De acordo com o jornal 'O Globo', presidente está preocupada com repercussão internacional de atrasos. Governo federal também terá balanço.
Publicado em 13/04/2011 às 14:46
Do Globoesporte.com
Preocupada com atrasos nas obras de 12 cidades que vão sediar partidas da Copa do Mundo de 2014, a presidente Dilma Rousseff determinou que, a partir de junho, sejam divulgados balanços trimestrais, em que os estados, municípios e órgãos do governo federal sejam responsabilizados pelo atraso em obras, como aeroportos, portos, transportes urbanos e construção de estádios.
Dilma está na China, mas vai se reunir com os governadores e prefeitos assim que chegar ao país. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, comentou a decisão da presidente.
"Nós sabemos quais são os problemas e sabemos como fazer para resolvê-los. Quem não fizer aquilo que se comprometeu, terá que pagar o preço político por isso", disse ao jornal "O Globo".
Dilma já queria a liberação dos balanços em abril, mas resolveu dar um prazo maior para que as obras pudessem ser agilizadas. No governo Lula, a medida chegou a ser avaliada para ser implantada em 2010. Mas a ideia foi descartada para não prejudicar o andamento das eleições.
Segundo o jornal "O Globo", a presidente estaria preocupada com a repercussão internacional negativa em relação ao atraso das obras.
"Esses balanços públicos vão servir para dar nomes aos bois e responsabilizar os administradores por atrasos nas obras. Com uma pressão pública, todos devem ter cuidado redobrado para evitar desgastes. O próximo ano tem eleição municipal", ressaltou um interlocutor direto de Dilma.
A governante também deve fazer um balanço de ações do governo federal. Ela já pediu para a nova Secretaria de Aviação Civil e para o novo comando da Infraero uma análise da situação dos aeroportos. A expectativa é que a profissionalização do órgão e a criação de uma pasta específica para a aviação civil possam agilizar obras aeroportuárias.
Em relação aos estádios, a situação mais grave é em São Paulo. Para o governo federal, estados e municípios se comprometeram com a construção dos estádios com capacidade para 65 mil pessoas. Sem o esperado investimento privado, agora o governo de São Paulo resiste em pôr dinheiro público na construção do novo estádio do Corinthians, o Fielzão, em Itaquera, que deve receber o jogo de abertura do torneio.
Mesmo com o impasse, o presidente do clube paulista, Andrés Sanchez, afirma que as obras vão começar ainda neste mês abril. Das 12 cidades-sede, além de São Paulo, apenas Natal ainda não iniciou as obras.
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