Ranielle vê retorno da torcida como "tempero" extra para o Campinense

A partida do próximo dia 16 entre Campinense e América de Natal, definirá qual das duas equipes ascenderá à Série C de 2022. Não bastasse o peso do confronto, o Estádio Amigão, em Campina Grande, reencontrará após mais de 19 meses o torcedor raposeiro, que poderá ver ao vivo, pela primeira vez em 2021, a equipe que foi campeã paraibana. Para o técnico Ranielle Ribeiro, em entrevista coletiva concedida nessa terça-feira, o retorno da torcida ao estádio é o tempero que faltava para o time coroar a ótima aparição que faz até o momento na atual temporada da Série D.

Foram mais de 19 meses de afastamento do torcedor do seu clube em decorrência da pandemia da Covid-19. Graças ao andamento do cronograma vacinal e os baixos números de casos confirmados e óbitos pela doença, as autoridades estaduais viabilizaram, a partir do decreto divulgado pelo Governo do Estado na última semana, o retorno gradativo de torcida às principais praças esportivas do estado. Para Ranielle, o apoio do torcedor, desta vez das arquibancadas, deverá ser a mola que impulsionará o Campinense ao tão sonhado retorno à Série C após 10 temporadas.

"A presença do torcedor será a mola propulsora na busca pelo nosso acesso. O torcedor, principalmente o do Campinense, está sedento por esse retorno. Todo profissional de futebol, quando entra em um estádio com torcida, e principalmente nas condições que teremos na segunda partida, com torcida única e podendo comemorar um acesso, dá um incentivo a mais, uma motivação a mais para conquistar o resultado. Acho de extrema importância a volta do torcedor. Se faltava um tempero para a coisa dar certo, era esse. Peço que da mesma forma que estavam nos apoiando pelas redes sociais, pelo rádio e pela TV, o torcedor nos apoie das arquibancadas, pois contamos com a ajuda deles", afirmou.

Ranielle Ribeiro possui uma ligação muito forte com o futebol natalense. Com grande identificação com o ABC de Natal, onde trabalhou por mais de uma década e deu os primeiros passos de sua carreira como técnico, muitos torcedores especulam que pode haver uma espécie de “rivalidade” a mais para este confronto. Ranielle, no entanto, tratou, em sua fala à imprensa, de anular esse argumento, afirmando que sequer teve tempo para pensar em qualquer tipo de variável além do acesso de sua equipe, algo que o torcedor do Campinense sonha há exatos 10 anos. 

"Ainda não parei para pensar em todas as variáveis, como a de começar a definir um acesso na Arena das Dunas, na minha cidade. A única coisa que eu parei para pensar até o momento foi que, infelizmente, uma grande equipe ficará pelo caminho. Já conversei com o Renatinho (Potiguar), desejei sorte, mas o meu foco está nessas partidas do acesso, e é isso que vamos trabalhar no decorrer de toda essa semana. Não tenho a vaidade de voltar para Natal para mostrar que sou melhor do que ninguém, que preciso ser valorizado. Eu trabalho diariamente para conseguir a admiração de meu torcedor, da minha família e daqueles que torcem por mim. Sou feliz aqui em Campina Grande, sou muito bem recebido tanto pelo raposeiro, quanto pelo trezeano, que me vê na rua e me aborda de forma muito respeitosa. Então, o que tenho para provar, estou provando aqui na minha realidade, que é o Campinense", pontuou.

No Estádio Renatão, no bairro da Bela Vista, a Raposa trabalha nesta quarta-feira nos dois períodos. Pela manhã, a comissão técnica realizou um treino físico para todos os atletas, à tarde, um trabalho técnico-tático deverá ser aplicado aos jogadores. A partida entre América de Natal e Campinense, na Arena das Dunas, acontece no próximo sábado, às 17h30.