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ESPORTES

Reality tenta mudar a cara do MMA

Globo investe na “humanização” dos lutadores para atrair mais espectadores.

Publicado em 25/03/2012 às 6:00

Após tirar da RedeTV! os direitos de transmissão do UFC, a principal competição de MMA (sigla em inglês para artes marciais mistas) do mundo, a Globo agora investe na “humanização” dos lutadores para atrair mais espectadores.

Para isso, a emissora estreia neste domingo, por volta da meia-noite, “The Ultimate Fighter”, reality no qual os espectadores acompanham o dia a dia de treinamentos de lutadores em busca de títulos e contratos com o UFC.

Os 13 episódios serão exibidos pela Globo aos domingos, com boletins às quintas-feiras e aos sábados. Haverá exibição também no canal fechado Multishow, às terças-feiras, às 21h30, e às quartas-feiras, às 18h.

“O lutador é uma pessoa como outra qualquer. É importante que os espectadores vejam que ali há pessoas que trabalham. Na rua, tem gente que tem medo de mim, mas eu não mordo”, disse o lutador Wanderlei Silva, que treinará parte dos participantes.

HUMANIZANDO
Para Vitor Belfort, que também será treinador, o programa desmistificará o esporte.

“Nós vamos mostrar o respeito que a gente tem um pelo outro, além de toda a determinação, disciplina e garra.”

Já na estreia, os 32 participantes iniciais lutarão entre si para definir os 16 que permanecerão na casa do Rio de Janeiro onde estão confinados. Eles só podem deixar o isolamento para frequentar um centro de treinamento.

O formato se assemelha ao do “Big Brother Brasil”, no qual os participantes também cozinham e limpam o local, mas as eliminações no paredão aqui ocorrem no octógono (ringue de MMA). Há representantes de 15 Estados.

Lançado nos EUA em 2005, o formato é exportado para outro país pela primeira vez.

VIOLÊNCIA
O MMA é criticado por ser considerado extremamente violento. Entre as ressalvas estão as lesões sofridas pelos lutadores durante os embates, que misturam artes marciais como jiu-jítsu, muay thai, judô, kung fu e boxe.

Em dezembro passado, o brasileiro Rodrigo Minotauro quebrou o braço e teve de passar por cirurgia para colocar 16 pinos metálicos.

Proibido em países como a França, o MMA também sofre resistência no Brasil.

Um projeto de lei de autoria do deputado federal José Mentor (PT-SP) tenta proibir a transmissão das competições no país por causa das “lutas agressivas e brutais”. O texto ainda está em tramitação na Câmara.

Imagem

Jornal da Paraíba

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