ESPORTES
Segue a polêmica do ciclismo paraibano
Presidente e o vice da Federação Paraibana de Ciclismo, Jáder Ribeiro e Paulo Pereira, respectivamente, se defenderam das denúncias de irregularidades.
Publicado em 21/10/2012 às 8:00
Com alguns documentos em mãos e argumentos afiados, o presidente e o vice da Federação Paraibana de Ciclismo, Jáder Ribeiro e Paulo Pereira, respectivamente, se defenderam das denúncias de irregularidades feitas pelo atleta Almério Marra Júnior ao Ministério Público da Paraíba. Juntos, os dirigentes paraibanos deram suas versões para o imbróglio das duas atas de eleições para a presidência da entidade para o atual mandato, a inclusão do filho de Jáder no Bolsa Atleta de 2008 e falaram também sobre a nova prestação de contas pedida pelo MP. Eles disseram ainda que prestaram queixa na 4ª Delegacia Distrital, no Geisel, contra o ciclista por calúnia e difamação.
De acordo com Jáder Ribeiro, foi uma surpresa encontrar a ata que elegia Janildo Ribeiro (ex-presidente, que aparentemente também foi eleito) para o mandato de 2009-2013, quando ele foi registrar a ata do seu próprio pleito. O atual dirigente afirmou que não foi informado pelo seu antigo vice-presidente da eleição realizada em dezembro de 2008.
“Ele se trancou numa sala, junto com algumas pessoas, e fez a eleição. Janildo publicou até o edital no meu nome, mas que não está assinado por mim. Isto é errado. O vice não poderia fazer nada na Federação sem o meu aval, já que eu era o presidente.
Ele sabe que não fez certo, tanto que não recorreu quando eu fui empossado pela Confederação Brasileira de Ciclismo”, disse o atual presidente da FPC.
Para validar seu pleito, Jáder Ribeiro e Paulo Pereira mostraram recortes de um jornal estatal com edital de convocação para o pleito. De acordo com ele, o estatuto da Federação Paraibana de Ciclismo exige que isto seja feito. O presidente disse ainda que esta regra não foi obedecida por Janildo Barbosa.
“Quero que ele mostre onde publicou o edital de convocação para a eleição. Isto não aconteceu. Janildo fez tudo às escuras. Ele convocou a eleição sem que ninguém da diretoria da Federação soubesse”, acusou.
O dirigente disse ainda que Almério Marra Júnior o denunciou ao órgão estadual com intenções políticas. Para o mandatário da FPC, o ciclista pretende ter algum cargo na diretoria da Federação e por isso lançou mão do que chamou de campanha difamatória.
Além das irregularidades na eleição para a diretoria executiva da entidade, o Ministério Público investiga também a inclusão do filho de Jáder Barbosa (a reportagem omitiu o nome do garoto por o mesmo ter menos de 18 anos) no programa Bolsa Atleta de 2008. Na semana passada, o promotor à frente do caso, Alexandre Jorge, solicitou que a Secretaria de Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba (Sejel) enviasse a documentação referente aos benefícios pagos ao ciclismo no ano de 2008.
Na denúncia, Almério Marra Júnior alega que o filho do presidente não era atleta de ciclismo. Rebatendo a acusação do denunciante, Jáder Ribeiro afirmou que na época em que recebia o benefício, seu filho praticava bicicross.
“Atualmente, meu filho não está praticando nenhum esporte. Ele está se dedicando aos estudos, pois está na época do vestibular.
Mas no período do Bolsa Atleta, ele fazia bicicross. A Federação tem direito de indicar o ciclista que achar apto para receber o benefício, independente de rendimento ou não. Agora, você pode olhar que quem indicou meu filho para o programa foi Janildo. Se existe alguma irregularidade, foi coisa dele. Eu sou apenas o pai”, disse Jáder.
O curioso, contudo, é que o bicicross tem sua própria federação própria e autônoma.
Mas ao ser perguntado sobre isto, o vice-presidente Paulo Pereira tomou a palavra e afirmou que a Federação Paraibana de Bicicross é irregular.
“Está é mais uma polêmica do esporte no Brasil. A Federação Paraibana e a Confederação Brasileira de Bicicross não têm legitimidade”, acusa, iniciando mais uma polêmica.
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