ESPORTES
Seleção reconquista a torcida
A temporada 2013 foi embora com uma base montada por Felipão, o título da Copa das Confederações e as esperanças renovada.
Publicado em 02/01/2014 às 9:00 | Atualizado em 17/05/2023 às 12:20
O ano de 2012 acabou com incertezas e troca de comando. Mano Menezes foi demitido e a CBF contratou Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira. Agora, um ano depois, o panorama da seleção brasileira é outro. A temporada 2013 foi embora com uma base montada por Felipão, o título da Copa das Confederações (após vitória por 3 a 0 sobre a Espanha, no Maracanã) e as esperanças renovadas de que o Brasil, com uma nova família Scolari, tem totais condições de conquistar o hexa mundial em casa.
A temporada foi de comemorações, certezas e empolgação para um torcedor que sofreu nas últimas edições de Copa do Mundo com eliminações nas quartas de final: em 2006, derrota para a França por 1 a 0, na Alemanha, e, em 2010, tropeço por 2 a 1 para a Holanda, na África do Sul. Filme que não quer ser repetido pela atual comissão técnica, que conta com um Felipão "pentacampeão" em 2002, na Coreia e no Japão, e um Parreira "tetracampeão" em 1994, nos Estados Unidos.
Mas não foi fácil chegar ao triunfo. O primeiro compromisso da Seleção sob a batuta de Felipão aconteceu em fevereiro, em Wembley. Derrota por 2 a 1 para a Inglaterra e um time sem muito padrão para vencer adversários de peso. Até o duelo com a França, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, antes da Copa das Confederações, o time ainda capengava. Não convencia. O triunfo por 3 a 0 colocou o time nos trilhos para a conquista no fim do mês de junho.
A vitória sobre o algoz das Copas de 1998 e 2006 serviu para dar moral ao time. A partir daí, o Brasil encontrou a sua cara. Ganhou o torcedor e jogo a jogo garantiu o título do torneio. Foram vitórias sobre o Japão (3 a 0), México (2 a 0), Itália (4 a 2), Uruguai (2 a 1) e Espanha (3 a 0). Essa última com atuação épica. De Julio César a Fred. De David Luiz e Thiago Silva e Neymar. Todos tiveram papel importante na conquista.
E Neymar se transformou num capítulo à parte na temporada 2013. Era questionado antes das Confederações. Estava na seca, não balançava a rede. Mas a partir do duelo contra os japoneses, em Brasília, se transformou no dono do time. Comandou a virada da Seleção. E, mesmo após a competição, seguiu com as boas atuações. O camisa 10 jogou todos os 19 jogos sob a batuta de Felipão. Foram dez gols e dez assistências.
E é de Neymar também a marca de mais minutos em campo com Felipão. Foram 1.591 em 2013. Além disso, o jogador do Barcelona é o que tem maior percentual de participação nos gols da Seleção: 40,81%. Ele fica à frente do goleador Fred, que atingiu a marca de 22,44%.
Após o torneio, apenas uma derrota: 1 a 0 para a Suíça, na Basileia. Mas nada que pudesse arranhar o status conquistado pelo novo grupo de Felipão. Os adversários não foram os mesmos do primeiro semestre, mas o Brasil cumpriu a sua missão. Encerrou a temporada com chave de ouro e, de quebra, ainda melhorou a posição no ranking: saiu da incômoda 18ª colocação em dezembro de 2012 para a décima em 2013.
"O balanço principal é que conseguimos ter um sistema tático definido, conseguimos formar um bom grupo, fazer uma boa equipe, independentemente de A ou B quando estão em campo. O final do ano foi bom e vamos continuar trabalhando no mesmo projeto. Nossas condições são excelentes", afirmou o treinador, durante o Fórum Internacional de Futebol.
A partir de agora é seguir o planejamento para que 2014 seja tão feliz como 2013. De preferência, com a conquista do hexacampeonato em casa.
(Do GloboEsporte.com)
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