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Sousa repete roteiro e se despede cedo da Série D: os 7 pecados que explicam mais uma queda

Depois de mais uma boa campanha no Paraibano, o Dino voltou a decepcionar. O Jornal da Paraíba analisa os fatores que explicam o insucesso.

Publicado em 22/07/2025 às 6:48

O Sousa encerrou sua participação na Série D sem conseguir avançar à fase eliminatória. O empate por 1 a 1 com o Central, no domingo (20), foi suficiente para selar a eliminação matemática do Dinossauro, que mais uma vez se despede da 4ª divisão ainda na primeira fase. A frustração se soma ao cenário vivido em 2024, quando o clube também foi campeão paraibano, mas não sustentou o rendimento ao longo do calendário e ficou pelo caminho logo na etapa de grupos.


				
					Sousa repete roteiro e se despede cedo da Série D: os 7 pecados que explicam mais uma queda
Jogadores do Sousa comemorando gol contra o Horizonte. (Foto: Ágatha Luelma/Sousa)

Apesar de ter mantido a base vencedora do Campeonato Paraibano e de em alguns momentos da Série D ter flertado com o G-4, o time do Sertão paraibano nunca chegou, de fato, a figurar entre os melhores cotados do Grupo 3. A oscilação de desempenho e os problemas de bastidores contribuíram para que a expectativa por uma campanha mais consistente no cenário nacional novamente não se concretizasse.

Com mais uma eliminação precoce, o Sousa repete um ciclo que tem sido frequente: começa o ano em alta, ergue a taça estadual e não consegue sustentar o protagonismo fora da Paraíba. O Jornal da Paraíba identificou sete fatores que explicam a derrocada alviverde em 2025; elementos que ajudam a entender por que o Dinossauro, mesmo com um elenco competitivo, voltou a ficar pelo caminho na Série D.

Instabilidade no comando técnico: três treinadores em sequência

A temporada do Sousa foi marcada por uma constante troca de treinadores. Paulo Foiani, campeão estadual, iniciou a Série D, mas acabou deixando o cargo diante de desgaste interno. Para seu lugar, foi contratado Francisco Diá, que durou apenas três semanas no comando. Na reta final da competição, o clube apostou em Tardelly Abrantes, que já estava afastado do mercado há algum tempo.


				
					Sousa repete roteiro e se despede cedo da Série D: os 7 pecados que explicam mais uma queda
Paulo Foiani, técnico campeão paraibano com o Sousa. (Foto: Ágatha Luelma/Sousa)

O problema não foi só a mudança de nomes. Cada treinador apresentava um modelo de jogo distinto, uma abordagem diferente de gestão do elenco e uma forma própria de lidar com o vestiário. Com isso, o grupo encontrou dificuldade para assimilar propostas táticas e manter uma ideia de jogo clara, o que afetou diretamente o desempenho em campo.

A escolha por Diá: erro de planejamento da diretoria

A contratação de Francisco Diá foi um dos movimentos mais questionados da temporada. O técnico assumiu o clube no dia 6 de maio e foi desligado em 27 do mesmo mês. No período, comandou o time em apenas duas partidas — derrotas para Horizonte e Santa Cruz —, mas o impacto negativo foi sentido em diversas esferas.

A relação com os atletas foi fria e distante, e o ambiente interno rapidamente se deteriorou. Sem tempo hábil para implementar suas ideias e sem conexão com o elenco, o treinador saiu sem deixar qualquer legado. A escolha apressada e mal planejada da diretoria comprometeu a transição entre Foiani e Tardelly e agravou a instabilidade.

Inconsistência em campo: desempenho oscilante e pouco eficaz

Com 13 jogos disputados, o Sousa somou apenas três vitórias, três empates e sofreu sete derrotas. Um aproveitamento de 30%. O ataque marcou apenas 10 gols — média inferior a um por jogo —, enquanto a defesa, ainda que razoável, sofreu 12. O time passou por longas sequências sem vencer, e a ausência de consistência impediu a aproximação real do G-4. Nos últimos cinco compromissos, por exemplo, foram apenas cinco pontos conquistados. A performance irregular evidenciou um elenco que oscilava demais entre partidas competitivas e atuações sem criatividade.


				
					Sousa repete roteiro e se despede cedo da Série D: os 7 pecados que explicam mais uma queda
Diego Ceará marcou duas vezes na vitória do Sousa contra o Ferroviário. (Foto: Jefferson Emmanoel/Sousa)

Conformismo precoce: baixa ambição na Série D

Entre torcedores e até mesmo dirigentes, o sentimento predominante é que o Sousa, já nas primeiras rodadas da Série D, demonstrou um desânimo competitivo. O time não parecia acreditar, de fato, que poderia alcançar o mata-mata. A cada rodada, a motivação parecia diminuir. O rendimento não melhorava, e a sensação externa era de que o grupo encarava a competição apenas como um complemento ao calendário, sem o mesmo ímpeto apresentado no estadual.

Dever cumprido antecipado: foco exclusivo no estadual

Bicampeão paraibano, novamente em cima do Botafogo-PB, o Sousa comemorou, com méritos, o título estadual. No entanto, o êxito no primeiro semestre parece ter causado um relaxamento coletivo. Para boa parte do elenco, o objetivo da temporada parecia já ter sido alcançado. A Série D, embora importante para as pretensões de crescimento do clube, não recebeu o mesmo investimento emocional. E esse tipo de postura, em uma competição tão disputada, costuma ser fatal.

Bastidores turbulentos: mudanças na gestão e ruídos internos

Durante a Série D, o Sousa também enfrentou turbulência fora de campo. O diretor de futebol Sérgio Fernandes, responsável pela montagem do elenco campeão estadual, deixou o clube alegando motivos pessoais. Além dele, Jefferson Emmanoel, nome histórico da comunicação interna do clube e com forte ligação com a imprensa local, também se desligou da instituição. Os movimentos geraram impactos na estrutura e na rotina do clube, afetando inclusive a dinâmica de trabalho do futebol profissional.


				
					Sousa repete roteiro e se despede cedo da Série D: os 7 pecados que explicam mais uma queda
Sousa conquistou o seu quarto título do Campeonato Paraibano. (Foto: Mário Aguiar/TV Cabo Branco)

Elenco curto e sem peças de reposição

A base campeã do Paraibano foi mantida, o que inicialmente pareceu uma decisão acertada. E foi com o título do Paraibano. Entretanto, a Série D exige um nível maior de profundidade no elenco, e o Sousa não teve isso. Alguns jogadores oscilaram tecnicamente, outros caíram fisicamente. E, no banco de reservas, havia poucas opções capazes de alterar o panorama das partidas. O atacante Luis Henrique chegou com status de reforço de peso, mas foi o único nome de impacto contratado. E não conseguiu mudar o cenário.

O que vem pela frente?

Eliminado da Série D ainda na primeira fase pelo segundo ano consecutivo, o Sousa terá pela frente um novo planejamento para 2026. O título estadual garante calendário cheio, com a equipe disputando novamente a Série D, além da Copa do Brasil e da Copa do Nordeste. O desafio, agora, é fazer da próxima temporada um ano de afirmação nacional e não apenas estadual.

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Jornal da Paraíba

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