ESPORTES
Tragédia em Oruro faz a polícia da PB reforçar segurança
Polícia Militar irá agir com mais rigor e proibir terminantemente a entrada de fogos em jogos do Campeonato Paraibano.
Publicado em 01/03/2013 às 6:00
O 1º Batalhão da Polícia Militar da Paraíba realizou ontem um encontro com o comando responsável pela segurança dos jogos do Campeonato Paraibano, a fim de capacitar os policiais no que diz respeito a entrada de explosivos nas praças esportivas do Estado.
A reunião de instrução acontece uma semana após a tragédia no estádio de Oruro, na Bolívia, quando um garoto de 14 anos foi morto ao ser atingido por um sinalizador disparado durante o jogo entre San José e Corinthians, válido pela Taça Libertadores.
A partir de agora, segundo o coronel Almeida Martins, a polícia vai agir com mais rigor e cuidado com o que está previsto no Estatuto do Torcedor, que proíbe terminantemente a entrada de fogos de artifício ou quaisquer outros engenhos pirotécnicos nos estádios brasileiros.
"Já fazíamos uma fiscalização antes mesmo de acontecer o incidente com o torcedor boliviano. Mas, a partir de agora, estamos com atenção redobrada e vamos cumprir a lei. Realmente aconteceram falhas em alguns jogos, mas este é um trabalho principalmente de conscientização dos torcedores", explicou.
A polícia, inclusive, pretende trabalhar também com ações preventivas. Segundo coronel Almeida, o batalhão pretende reunir as torcidas organizadas de João Pessoa para realizar atividades educativas.
"Este é também um processo de transformação cultural dos torcedores. Eles estão acostumados a levar bombas, fogos, garrafas para o estádio. Então precisamos realizar também ações preventivas", continuou.
Apesar de o Estatuto do Torcedor já proibir desde 2010 entrada de fogos de artifícios nos estádios brasileiros, esta regra nunca foi respeitada na Paraíba. No clássico entre Auto Esporte e Botafogo pelo Campeonato Paraibano deste ano, o uso de sinalizadores no Estádio da Graça, em João Pessoa, provocou um início de incêndio na beira do gramado, com o fogo sendo apagado pelos próprios jogadores.
(Do Globoesporte.com)
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