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Treze e família homenageiam torcedor vítima da Covid-19 e depositam cinzas no gramado do Estádio Presidente Vargas
Trezeano Roberto Bruno Pedrosa morreu em janeiro de 2021, aos 57 anos, e tinha uma história de vida dedicada ao Galo. Um ano depois, os seus familiares realizam último ato ao eternizar seu legado na sede alvinegra.
Publicado em 14/01/2022 às 13:41
A pandemia da Covid-19 vai deixando marcas pesadas em muitas famílias, e no meio do futebol não foi diferente. Como o caso de Roberto Bruno Pedrosa, torcedor do Treze Futebol Clube, que morreu há um ano vítima da doença que já matou mais de 600 mil brasileiros. E para homenagear a data de saudade, os familiares do advogado se uniram ao clube alvinegro e decidiram eternizá-lo no Estádio Presidente Vargas, depositando as suas cinzas no gramado que é a casa do Galo da Borborema (confira o vídeo abaixo).
Roberto Bruno morreu em janeiro de 2021, quando tinha 57 anos. Ele foi mais uma das vítimas da Covid-19 no país. Natural de Campina Grande, o advogado teve uma vida dedicada ao Treze, clube do coração desde pequeno. Afinal de contas, o seu pai, Sebastião Pedrosa, foi presidente alvinegro na década de 1960. Ou seja, foi um amor passado de pai para filho.
Como forma de prestar uma última homenagem, os familiares de Roberto — viúva, filhos e genro — solicitaram ao Treze a autorização para depositar as cinzas do torcedor no Estádio Presidente Vargas. A diretoria trezeana, sensibilizada com a história, prontamente aceitou.
A torcida de Roberto pelo Galo, que foi herança de seu pai, também passou para a sua família, para os seus filhos. Um deles, Felipe, inclusive, prestou um bonito depoimento ao depositar as cinzas do seu falecido pai no PV. Ele, que também é torcedor alvinegro, agradeu o apoio da diretoria do Treze e destacou que o Estádio Presidente Vargas foi um dos lugares que seu pai ele mais visitou em vida.
— O sentimento é o de ter honrado a memória do meu pai, fazendo essa homenagem no estádio do Treze, que é o clube que ele sempre amou. É um amor de família, de gerações, que passaremos para os filhos, netos. Eu gostaria também de agradecer ao apoio da diretoria do Treze, que possibilitou e proporcionou essa homenagem ao meu pai — disse Felipe Pedrosa.
Felipe ainda contou que, junto ao pai, a família acompanhava o Treze nos jogos pelo país, mesmo sendo fora de Campina Grande.
A atitude da família de Roberto Bruno realmente emociona quem sabe e vive acompanhando o futebol. Foi o caso do presidente do Treze, Olavo Rodrigues, que autorizou a homenagem prestada.
O dirigente alvinegro ressaltou a força desse amor dos familiares pelo Galo, tanto que decidiram realizar esse último ato de luto no gramado que é a história viva do Treze Futebol Clube.
— A honra é do Treze. Eu, como presidente dessa agremiação, me sinto bastante honrado por vocês, familiares de Roberto. É o capítulo final de sua vida, infelizmente, fruto da pandemia que se alastrou em todo mundo e levou a vida de Roberto Bruno. E quis o destino que a família viesse ao Presidente Vargas eternizá-lo. Eu me sinto extremamente emocionado por vocês, que poderiam ter escolhido um outro lugar, um local mais particular, para depositar as cinzas de Roberto. Mas vocês escolheram aqui, a casa do Treze, para essa homenagem, esse luto. Essa deferência é extremamente fundamental para a vida do clube — afirmou Olavo.
Nesta sexta-feira, um ano após a sua morte, Roberto Bruno agora está eternizado na história do Treze e da sua torcida. Foi a forma que os familiares encontraram para que o torcedor jamais se distancie do clube no qual ele sempre despositou tanto amor.
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