ESPORTES
Vice da FPF alega que corrupção na Paraíba se ramifica na CBF
Nosman Barreiro declara que as entidades fizeram um "jogo de cartas marcadas".
Publicado em 19/06/2018 às 17:27
"Jogo de cartas marcadas". Foi assim que o vice-presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Nosman Barreiro, avaliou a intervenção da CBF na entidade da Paraíba, que durou um mês e acabou na semana passada. Insatisfeito com o retorno de Amadeu Rodrigues ao comando da entidade e com a falta de resoluções diretas do interventor Flávio Boson Gambogi, do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Nosman criticou fortemente a condução dos trabalhos à frente da FPF em meio às investigações sobre um esquema de corrupção no futebol local.
O vice-presidente da Federação Paraibana foi enfático e cravou que a vaga de Amadeu no comando da entidade é temporária. Isso porque ele acredita que o presidente será afastado assim que as investigações da Operação Cartola tiverem os primeiros resultados no âmbito judicial. E, na opinião de Nosman, quando isso acontecer, ele é quem vai assumir o cargo máximo da FPF.
"Eu acreditava que a CBF agisse com o mínimo de seriedade. O que aconteceu foi um jogo de cartas marcadas. O interventor chegou calado, saiu calado e não apurou nada. Eu esperei que eles renovassem a intervenção ou divulgassem um relatório apontando resultados, mas nada foi feito. Eu e os torcedores estamos nos sentindo lesados, tenho certeza", falou Nosman.
A principal decepção do vice-presidente se dá devido ao retorno de Amadeu Rodrigues à presidência, já que o nome do atual presidente está entre os principais alvos das investigações do esquema de manipulação de resultados no Campeonato Paraibano.
A intervenção, segundo o vice-presidente da FPF, fez o efeito contrário na sociedade paraibana. Na opinião do dirigente, o que deveria sanar a desconfiança dos torcedores com a prática do futebol profissional se tornou uma incerteza ainda mais forte. Para Nosman, a única esperança para que "algo mude" é o desenrolar da Operação Cartola na Justiça.
"A quadrilha que estava na Federação se ramifica na CBF. Eu acredito na Justiça da Paraíba, no Ministério Público, que está à frente das investigações, e na Polícia Civil. A Justiça dará uma resposta para que algo mude. Ele (Amadeu) vai ser afastado e preso. E, na condição de vice-presidente, que nada devo e nem temo, devo assumir para passar o futebol paraibano a limpo", ressaltou Nosman Barreiro.
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