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MEIO AMBIENTE

Pedra da Boca é reconhecida como local chave para patrimônio geológico mundial

Pesquisa aponta que a área da Pedra da Boca, em Araruna, tem potencial para se tornar um geoparque da Unesco.

Publicado em 18/09/2023 às 8:29


                                        
                                            Pedra da Boca é reconhecida como local chave para patrimônio geológico mundial
Parque Estadual da Pedra da Boca - Imagem: Diogo Almeida/Jornal da Paraíba

O Parque Estadual da Pedra da Boca, localizado no município de Araruna, no agreste da Paraíba, foi reconhecido como local chave para o patrimônio geológico mundial. A pesquisa foi publicada, em julho de 2023, na Revista Internacional de Geopatrimônio e Parques em julho de 2023, e aponta que a área tem potencial para se tornar um geoparque da Unesco.

A pesquisa, que durou cerca de dois anos, mostra que as características da Pedra da Boca fazem dela um local de interesse mundial. O estudo é resultado da dissertação de mestrado de Hígor Lins, que contou com a participação dos pesquisadores Marco Túlio Mendonça, Rafael Albuquerque, Larissa Silva e Rubson Pinheiro.

A área do Parque Estadual Pedra da Boca possui formações rochosas de granito, rocha muito resistente, e que são únicas no contexto do semiárido brasileiro.

De acordo com o pesquisador Marco Túlio, o que chama atenção em Araruna são as formas espetaculares que são bastante incomuns em rochas daquele tipo. As geoformas encontradas, foram moldadas por processos químicos, como a água.


				
					Pedra da Boca é reconhecida como local chave para patrimônio geológico mundial
Foto: Arquivo pessoal/Pesquisadores. Foto: Arquivo pessoal/Pesquisadores

Em toda América do Sul, o único lugar com semelhante fenômeno é no Parque Nacional de Itatiaia, no Rio de Janeiro, porém o clima lá é úmido. O município de Araruna fica localizado no semiárido, onde o mais comum seria que as rochas fossem moldadas por processos físicos, ou seja, quebrassem.

Por estarem mais expostas em local de predominância da caatinga, as rochas ficam visíveis e suscetíveis à mudança pela água. "São formas únicas e extremamente exuberantes, que retratam bem as mudanças do planeta nos últimos 20 milhões de anos", informou Marco Túlio.

O Parque Estadual Pedra da Boca foi avaliado quatro valores: científico, estético, turístico e de uso e gestão. "Os quesitos levados em consideração vão desde o potencial turístico, levando em conta acessibilidade, estrutura hoteleira e de restaurantes nas proximidades, até o potencial científico, com o número de trabalhos publicados sobre o local. Além desses, os valores de uso e gestão e o estético são também valorados.", explicou Hígor Lins.


				
					Pedra da Boca é reconhecida como local chave para patrimônio geológico mundial
Parque Estadual da Pedra da Boca é procurado para turismo de aventura. Foto: Divulgação/Secom Araruna. Parque Estadual da Pedra da Boca é procurado para turismo de aventura. Foto: Divulgação/Secom Araruna

A área da Pedra da Boca tem potencial para se tornar um geoparque da Unesco. São lugares que a organização reconhece como de grande valor científico para geociências e que são utilizados pela sociedade de forma sustentável.

Para os pesquisadores, o parque estadual tem essas características: o alto valor científico das formações rochosas e o fato do local ser utilizado pelo turismo de aventura, ecoturismo e turismo sustentável. E assim beneficiando a comunidade do entorno, gerando renda para a população local.

Atualmente, o Brasil possui cinco geoparques, esse seria o primeiro da Paraíba. E com o selo da Unesco, a área ganharia certificado da ciência e sustentabilidade no mundo. Mas é necessário mais pequisas, políticas públicas e investimentos voltados para o lugar.

[A pesquisa] deve servir também para jogar luz sobre a necessidade de investimentos que possam estimular a geoconservação e o geoturismo, trazendo um consequente desenvolvimento socioeconômico e resultando em melhorias reais na vida das pessoas que habitam e sobrevivem em comunidades próximas a esses locais", finaliza o pesquisador Hígor.
Imagem

Gabriella Loiola

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