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COTIDIANO

Sem pobreza menstrual: projeto distribui absorventes em João Pessoa

Cerca de 200 mulheres já foram atendidas pelo projeto que surgiu no mês de maio.

Publicado em 12/06/2021 às 7:30 | Atualizado em 12/06/2021 às 10:33


                                        
                                            Sem pobreza menstrual: projeto distribui absorventes em João Pessoa
Projeto busca combater a pobreza menstrual, distribuindo absorventes em João Pessoa. Foto: Carolyne Martins/Divulgação

				
					Sem pobreza menstrual: projeto distribui absorventes em João Pessoa
Projeto busca combater a pobreza menstrual, distribuindo absorventes em João Pessoa.Foto: Carolyne Martins/Divulgação. Projeto busca combater a pobreza menstrual, distribuindo absorventes em João Pessoa. Foto: Carolyne Martins/Divulgação

Um projeto criado em João Pessoa busca levar dignidade menstrual para mulheres, em comunidades da capital. Por meio do Instagram, o 'Sem Pobreza Menstrual' divulga informações e convida quem desejar colaborar com a iniciativa. 

O projeto foi idealizado pela autônoma Carolyne Martins e a advogada Thiciane Carneiro, durante uma ação no Dia das Mães deste ano, em comunidades de João Pessoa. 

“O projeto surgiu agora no mês de maio, para ajudar uma ação de Dia das Mães do projeto ‘Fazendo o Bem’. Doamos kit de higiene pessoal para essas mães que são do projeto de reciclagem Catavale e, após isso, decidimos, Thiciane e eu, ampliar a quantidade de mulheres beneficiadas, porém decidimos focar na pobreza menstrual”, explicou Carolyne. 

Emília Medeiros, psicóloga e integrante do projeto, atua em um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)  e na Maternidade Cândida Vargas. Ela relata que já presenciou diversas situações de falta de recursos financeiros para arcar com itens relacionados à menstruação. “Nas comunidades a falta de recurso financeiro é gritante, tanto quanto no pós parto lá na maternidade”, afirmou. 

Durante o mês de maio, foram realizadas três ações para distribuição de absorventes, na comunidade Capadócia (13 de Maio), comunidade do S(Roger) e Vila Sitinho (Cristo). Em junho, aconteceu uma ação na comunidade Avenida Brasil (Cristo). 

Cerca de 200 mulheres já foram atendidas pelo projeto. Uma delas foi Rosângela, da comunidade Capadócia. Ela avaliou a ação como muito importante para a comunidade.  “A ação foi muito legal, por se tratar de algo para ajudar na área da higienização e saúde”. 

Quem quiser ajudar o “Sem Pobreza Menstrual”, pode doar absorventes ou dinheiro que será revertido para a compra dos itens. Para colaborar, basta enviar uma mensagem direct para o perfil do projeto no Instagram e conversar com as organizadoras. 

Pobreza menstrual em números 

No Dia Internacional da Dignidade Menstrual, comemorado em 28 de maio, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e o UNICEF lançaram um relatório sobre pobreza menstrual no Brasil. 

Segundo o relatório,a pobreza menstrual é caracterizada pela falta de acesso a produtos adequados para o cuidado da higiene menstrual, como absorventes, sabonetes e papel higiênico. Além disso, são características dessa desigualdade a falta de saneamento básico, questões econômicas, tabus e carência de serviços médicos. 

O relatório levantou que mais de 632 mil meninas vivem sem acesso a sequer um banheiro de uso comum no terreno ou propriedade. Com relação a cor, a chance de uma menina negra não possuir acesso a banheiros é quase três vezes a de encontrarmos uma menina branca nas mesmas condições. 

No recorte geográfico, é quase 23 vezes mais provável que meninas que residam na região Nordeste não tenham acessos aos banheiros exclusivos para moradores em seus domicílios ou terrenos, se comparadas às meninas da região sudeste.

A insegurança alimentar também é um dos fatores que levam à pobreza menstrual, uma vez que, quando há o risco de ficar ter o que comer, itens de higiene pessoal deixam de ser uma prioridade. O relatório do UNICEF constatou que 50% das meninas estão em lares que apresentam algum grau de insegurança alimentar, sendo que mais de 1 milhão (6,81%) delas estão em domicílios enquadrados como em situação de insegurança alimentar grave. 

Imagem

Luana Silva

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