COTIDIANO
Suspeito de matar adolescente trans na Paraíba é preso no RS após exibição no Linha Direta
O caso foi exibido no programa Linha Direta no dia 1° de junho.
Publicado em 04/07/2023 às 14:42
Um dos suspeitos de matar a adolescente trans Renata Ferraz, de 16 anos, em Patos, na Paraíba, foi preso nesta terça-feira (4), em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Geovane de Lima Galdino estava foragido desde o crime, que ocorreu em abril de 2022, e é acusado de esfaquear e matar a vítima. O crime foi repercutido no fim do programa Linha Direta, no dia 1° de junho.
De acordo com o delegado Paulo Ênio, a exibição no programa ajudou a localizar o suspeito, que morava há alguns anos em Novo Hamburgo. Após denúncias, e com trabalho da inteligência da Polícia Civil da Paraíba e do Rio Grande do Sul, o mandado de prisão foi cumprido nesta terça.
Morte de adolescente trans
O corpo de Renata Ferraz foi encontrado no dia 19 de abril de 2022, em uma estrada na saída para a cidade de São José de Espinharas, no Sertão da Paraíba, após dois dias do seu desaparecimento.
A jovem estava desaparecida desde 17 de abril de 2022, e no dia 18, a família registrou o caso na Polícia Civil de Patos. Quando foi encontrada, o corpo estava em estado de decomposição e foi reconhecido pelo seu pai.
No dia 24 de abril, a Polícia Civil prendeu Flávio da Silva Ferreira, um dos acusados do crime. Ele foi condenado a 19 anos de prisão pela morte da adolescente.
Paraíba registra 31 assassinatos de pessoas trans em seis anos
A Paraíba é o quarto estado do Nordeste com maior número de assassinatos de pessoas trans entre os anos de 2017 e 2022. Os dados são do relatório anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
Segundo o relatório, o estado ocupa o 10° lugar do país nesse ranking, com 31 assassinatos de pessoas trans no período de seis anos. Em 2022, a Paraíba registrou quatro assassinatos.
O Brasil teve 131 pessoas trans assassinadas em 2022, uma média de 11 por mês. Entre as vítimas, foram 130 mulheres trans/travestis e 1 homem trans. A maior parte dos assassinatos são concentrados na Região Nordeste, com 52 casos.
O país segue como primeiro no ranking de países do mundo que mais registram mortes de pessoas trans e travestis, posição que ocupa há 14 anos consecutivos.
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