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COTIDIANO

Caso Rafaela: o que se sabe sobre morte de jovem que estava desaparecida

Rafaela Ingrid, estava desaparecida desde a última quarta-feira (29), quando foi vista pela última vez acompanhada de um jovem de 24 anos.

Publicado em 03/04/2023 às 15:05 | Atualizado em 18/04/2023 às 18:05


                                        
                                            Caso Rafaela: o que se sabe sobre morte de jovem que estava desaparecida
Rafaela Ingrid tinha 18 anos e sumiu após sair da casa da namorada, em João Pessoa; dias depois, foi encontrada morta com sinais de violência — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

O corpo da jovem Rafaela Ingrid, de 18 anos, que estava desaparecida desde a quarta-feira (29), foi encontrado neste domingo (2), em um matagal no Portal do Sol, em João Pessoa, e sepultado nesta segunda-feira (3). Segundo as autoridades, o corpo da mulher foi encontrado com marcas de violência e em estado avançado de decomposição. A perícia confirmou que a causa da morte foi estrangulamento e que não havia marcas de arma branca ou arma de fogo. O suspeito da morte foi preso no dia 18 de abril, em Sapé.

O JORNAL DA PARAÍBA explica os detalhes do caso até o momento, como a linha de investigação da polícia, e os últimos passos da jovem.

Entenda o caso

No domingo (2), o corpo de Rafaela foi localizado por ciclistas que passavam perto de um matagal no Portal do Sol e sentiram um cheiro forte no local. O grupo acabou acionando a Polícia Militar, que posteriormente encontrou o corpo da jovem durante inspeção. Familiares da vítima, que moram na mesma região do matagal, reconheceram o corpo.

De acordo com o perito do Instituto de Polícia Científica (IPC), Aldenir Lins, o corpo da mulher já estava em estado avançado de decomposição. Segundo ele, a provável causa da morte teria sido enforcamento, já que a cabeça da vítima tinha um saco plástico envolvendo a cabeça.

Além disso, também conforme o perito, dado estado de decomposição do cadáver a indicação é de que a morte tenha ocorrido provavelmente no amanhecer da quinta-feira (30).

Segundo a delegada Luísa Correia, da Polícia Civil, em João Pessoa, a investigação do crime teve início na sexta-feira (31) quando houve o registro do desaparecimento de Rafaela Ingrid.

Nesta segunda-feira (3) a Polícia Civil iniciou o levantamento de possíveis imagens de circuitos de câmera instalados na região onde o corpo foi encontrado, para tentar identificar pessoas que indiquem a autoria do crime. Pelo menos três linhas de investigação estão sendo consideradas pela polícia, mas essas teses não foram reveladas.

A possibilidade da jovem ter sido vítima de violência sexual, assim como a participação de mais de uma pessoa no crime, também estão sendo investigadas..

Vista pela última vez com outro jovem

Desaparecida desde a quarta-feira (29), Rafaela teria sumido após sair da casa da namorada localizada no bairro dos Bancários. Ela foi vista pela última vez com um homem de 24 anos, que mora na mesma comunidade da vítima, e chegou a ser preso como suspeito. Segundo o delegado Giovani Giacomelli, ambos se conheceram apenas três dias antes do crime.

A Polícia Militar também informou que na noite do desaparecimento, o suspeito saiu de casa e só retornou perto do amanhecer de quinta-feira (30). Também segundo as investigações, ele teria sido a última pessoa com quem Rafaela teria se comunicado, por volta das 1h da quinta.

O homem foi detido após o corpo ser encontrado e apresentava vários arranhões pelo próprio corpo - alguns cicatrizados. Pessoas da comunidade onde ambos moravam tentaram linchar o jovem.

O suspeito é natural da cidade de Gurinhém e após ser detido foi encaminhado para a Central de Polícia Civil, em João Pessoa. Depois de prestar esclarecimentos, foi liberado pela polícia, já que segundo o próprio delegado do caso, não existem provas que embasam uma prisão preventiva.

O homem detido no dia 2 de abril e liberado após depoimento é o mesmo preso nesta terça-feira (18 de abril), em Sapé.

Jovem relatou que não queria voltar para casa, segundo diretora


				
					Caso Rafaela: o que se sabe sobre morte de jovem que estava desaparecida
Rafela Ingrid, encontrada morta com sinais de violência em João Pessoa, era uma estudante querida por todos, segundo a mãe — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco. Rafela Ingrid, encontrada morta com sinais de violência em João Pessoa, era uma estudante querida por todos, segundo a mãe — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Rafaela chorou e relatou na escola em que estudava que não queria voltar para casa. A informação foi revelada pela diretora da unidade escolar da jovem em entrevista à TV Cabo Branco nesta segunda-feira (3).

De acordo com Lígia Fernandes, a diretora da escola municipal que a jovem frequentava, no bairro dos Bancários, Rafaela estava abalada e não queria voltar para a própria casa, na quarta-feira (29).

"Ela me procurou na direção, sentou comigo, desabafou, chorou muito... Na conversa orientei ela que ela buscasse ajuda e que ela pudesse encontrar um local para passar a noite, porque ela estava sem querer voltar pra casa. Perguntei se ela queria conversar com psicólogo e ela disse 'quero não, porque é obrigação da minha família ajudar'. Disse a ela 'tome água, vá no banheiro, lave o rosto'... Ela voltou para a sala e assistiu aula normalmente", disse a diretora.

Na quinta, a jovem não retornou às aulas na unidade.

A diretora também disse que ajudou da forma que pôde e que sempre incentivou Rafaela a concluir os estudos. Ela cursava o 9º ano do Ensino Fundamental, e estava fora da faixa correta para a idade.

"O que eu pude fazer para ajudá-la eu fiz... E eu queria que ela terminasse pelo menos o 9º ano para ver se ela tinha algum futuro pra frente", disse.

Nesta segunda, não houve aula em respeito a morte da estudante.

Próximos passos da investigação

Exames de perícia foram feitos para constatar se a jovem foi vítima de outros tipos de violência e atestar a autoria do crime. O perito Aldenir Lins também afirmou que material genético do suspeito também foi coletado e um cruzamento com vestígios encontrados em Rafaela também será feito.

O caso segue em investigação pela Polícia Civil.

Como denunciar

Denúncias de estupros, tentativas de feminicídios, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio de três telefones:

  • 197 (Disque Denúncia da Polícia Civil)
  • 180 (Central de Atendimento à Mulher)
  • 190 (Disque Denúncia da Polícia Militar - em casos de emergência)
  • Além disso, na Paraíba o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e IOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail.

As informações são enviadas diretamente para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que fica encarregado de providenciar as investigações.

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Jornal da Paraíba

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