Pesquisa Ibope é suspensa em João Pessoa

Questionário não tinha o nome de uma candidata, fazendo com que juíza suspendessa a realização da pesquisa

Após que um pesquisador do Ibope foi detido nesta terça-feira (4) enquanto realizava a pesquisa em que não constava o nome da candidata Estelizabel Bezerra (PSB) em uma das cédulas do questionário, a juíza eleitoral da 70ª zona eleitoral, Túlia Neves, suspendeu a realização da pesquisa Ibope para prefeitura de João Pessoa. De acordo com a juíza, o Ibope terá 48 horas para se defender.

O Ibope, através de nota, reconheceu que a falha na preparação da cédula entregue ao entrevistado na pesquisa de número PB-00053 protocolada no TRE-PB. No entando, o órgão enfatizou que o material incorreto é apenas complementar. Foi informado ainda que o uso da cédula foi suspenso imediatamente, as que a realização da pesquisa continuou na forma determinada pela legilação, ou seja, com a utilização do disco em que constam os nomes de todos os candidatos.

Antes de ser ouvido, o pesquisador Ricardo Miranda informou que trabalhava para uma empresa terceirizada que presta serviço ao Ibope e confirmou que, no material apreendido, realmente não constava o nome da candidata.

“A Paraíba está cansada de pesquisas fraudulentas. Esse homem confirmou que a pesquisa está irregular e mesmo assim continuou fazendo pelas casas, numa clara tentativa de fraude”, disse o advogado Marcelo Weick, coordenador jurídico da campanha de Estelizabel Bezerra, que afirmou que irá acionar a Justiça.

Nota do Ibope
Em relação à pesquisa iniciada hoje, 4 de setembro, pelo IBOPE Inteligência em João Pessoa, e registrada no Tribunal Regional Eleitoral de João Pessoa sob protocolo número PB-00053/2012, esclarecemos que, tanto no questionário registrado na justiça eleitoral quanto no disco entregue aos entrevistados para que indicassem em quem votariam para a prefeitura da cidade, constam os nomes de todos os candidatos.

Houve uma falha na preparação da cédula entregue complementarmente ao entrevistado, na qual está ausente o nome da candidata Estela Bezerra. Este é um procedimento apenas complementar à entrevista, não obrigatório, pois a pergunta considerada na divulgação é aquela realizada previamente, em que o candidato aponta no disco em quem irá votar, e por isso não causa qualquer interferência nos resultados.

Uma vez ciente do erro, o IBOPE suspendeu imediatamente o uso da cédula e continuou a realização da pesquisa na forma determinada pela legislação, ou seja, com a utilização do disco em que constam os nomes de todos os candidatos.