POLÍTICA
ALPB adia votação de legalização dos 'alternativos' e categoria se revolta
Motoristas ocuparam as galerias para pressionar os deputados estaduais e não gostaram do adiamento da votação para a terça.
Publicado em 04/08/2015 às 14:11
Motoristas de transporte alternativo ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (4) para pressionar os deputados estaduais a votarem projeto de lei de autoria do governo do Estado que institui o transporte complementar na Paraíba. Contudo, por unanimidade os deputados decidiram retirar o projeto de pauta e submetê-lo a votação somente na próxima terça-feira (11), o que gerou revolta entre os manifestantes.
O adiamento foi sugerido pelo deputado Arnaldo Monteiro (PSC) para que os parlamentares pudessem analisar três emendas apresentadas pelo deputado Anísio Maia (PT) ao projeto. No plenário, o líder da bancada governista, Hervázio Bezerra (PSB), garantiu que iria se reunir com a equipe técnica do governo do Estado para discutir as propostas. Os alternativos rechaçaram o adiamento e iniciaram um intensa discussão com os deputados Anísio Maia e Hervázio Bezerra.
O representante do Sindicato da categoria, Iramar Meneses, ameaçou bloquear rodovias caso o projeto não seja aprovado. Ele alega que os motoristas alternativas estão impossibilitados de trabalhar já que seus veículos são apreendidos constantemente. O presidente da Assembleia, Adriano Galdino (PSB) garantiu que o projeto será votado na sessão da próxima terça-feira. "Faça chuva ou faça sol", disse.
O projeto altera a lei Lei nº 10.340, de 02 de julho de 2014, que institui, dentro do sistema de transporte intermunicipal de passageiros do Estado da Paraíba, o transporte público complementar de passageiros. Segundo Ricardo Coutinho, as alterações sugeridas são necessárias para que se possa harmonizar o convívio entre o transporte complementar e o transporte convencional de passageiros. "Afinal, não é razoável que, no afã de se regularizar a prestação de um serviço, inviabilize-se o transporte convencional de passageiros (taxistas, transporte coletivo municipal de intermunicipal)", disse o governador.
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