ALPB vai ser palco para debate sobre possíveis irregularidades na Lagoa

A Assembleia Legislativa da Paraíba aprovou, por maioria, o pedido de audiência pública proposta pelo deputado Aníbal Marcolino (PSD) para debater as denúncias sobre possível desvio de recursos públicos na obra de revitalização do Novo Parque da Lagoa, em João Pessoa. O debate sobre a obra realizada pela gestão do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), já deve ser realizado no próximo dia 5 de outubro.

A proposta foi aprovada uma dia após a vereadora Raíssa Lacerda (PSD) decidir não assinar o requerimento da bancada de oposição ao prefeito na Câmara Municipal para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o propósito de investigar as possíveis irregularidades apontadas pela Controladoria Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal (PF), de que teriam sido desviados R$ 6,4 milhões.

O requerimento de Aníbal Marcolino foi aprovado com abstenção dos deputados do bloco de oposição ao governador Ricardo Coutinho (PSB) - Camila Toscano (PSDB), Guilherme Almeida (PSC), Arnaldo Monteiro (PSC) e João Henrique (DEM)- mas também do governista Anísio Maia (PT).

Rompimento

Embora correligionário de Luciano Cartaxo, Anibal rompeu com o prefeito em troca de assumir uma cadeira provisória na Assembleia Legislativa. O deputado argumentou que o espaço será uma oportunidade para que o secretário de infraestrutura da capital, Cássio Andrade, possa se explicar. “Queremos explicações sobre esse desvio milionário de recursos públicos na nossa cidade e tentar explicar também a fórmula que ele achou justamente de levar esse dinheiro”, argumentou.

Convidados

Para o debate serão convidados representantes de diversos órgãos: Ministério Público Federal, procurador da República, Yordan Moreira Delgado; superintendente regional da Polícia Federal, José Juvêncio de Almeida Neto; Controladoria Regional da União do Estado da Paraíba, Gabriel Aragão; Secretário municipal da Seinfra, Cássio Augusto Cananéa Andrade; ex-secretário de Planejamento de João Pessoa, Rômulo Polari; gestor do aterro sanitário; secretária de Planejamento da Prefeitura de João Pessoa, Daniella Bandeira; e o proprietário da COMPEC, Eduardo Ribeiro.

Lamento

O líder da oposição ao prefeito, Bruno Farias (PPS), lamentou que o debate não seja feito na Casa apropriada, que seria a Câmara Municipal de João Pessoa. “Vai ficar muito feio para o prefeito que o debate seja feito na Assembleia Legislativa e não na Câmara do município. Só demonstra o medo que ele tem que o assunto venha à tona”, ressaltou.