Apesar de painéis eletrônicos, votações continuam no papel na AL

Phelipe Caldas

De nada adiantou a Assembleia Legislativa da Paraíba ter fechado suas portas por mais de uma semana no mês de julho, apenas para instalar os painéis eletrônicos no plenário da Casa. Na tarde desta quinta-feira (10), numa das primeiras votações secretas da AL depois da instalação, os 30 parlamentares presentes foram obrigados a depositar seus votos em cédula de papel numa antiga urna de madeira.

Na época, o presidente Arthur Cunha Lima (PSDB) deu como justificativa à instalação dos paineis justamente o fato da informatização trazer mais segurança e celeridade nas votações realizadas pela Casa, mas seis meses depois pouco mudou na realidade do legislativo paraibano.

A Casa, portanto, precisou votar vários vetos do governador José Maranhão (PMDB) a projetos aprovados anteriormente pela AL e em todas as oportunidades foram necessárias chamadas nominais de cada parlamentar para depositar seu voto na urna.

O interessante é que o novo painel previa o voto eletrônico, a partir da identificação digital dos parlamentares, mas parece que nada funcionou.

No que diz respeito aos vetos, um a um vêm sendo mantidos. A assessoria de imprensa da AL explicou que a oposição vem vencendo todas as eleições pró-veto, mas sem conseguir a maioria absoluta de 19 votos necessários para o veto ser de fato derrubado.