POLÍTICA
Após delação de Delcídio, Aécio deve ser alvo de inquérito
Caso ainda será analisado pelos procuradores do grupo de trabalho da Operação Lava Jato na PGR.
Publicado em 16/03/2016 às 8:00
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) deve passar a ser investigado formalmente na Operação Lava Jato depois de ter sido acusado de receber propina na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS).
O caso ainda será analisado pelos procuradores do grupo de trabalho da Operação Lava Jato na PGR (Procuradoria-Geral da República), mas investigadores ouvidos pela reportagem avaliam preliminarmente que deve ser pedida abertura de inquérito contra o tucano, que também é presidente nacional do PSDB.
Em um dos termos de sua delação premiada, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) afirmou que o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), recebeu propina de Furnas, empresa de economia mista subsidiária da Eletrobras.
Ainda sobre o tucano, Delcídio relatou um caso na CPI dos Correios, que investigou o mensalão, no qual Aécio teria atrasado o envio de dados do Banco Rural para fazer uma "maquiagem" nas informações.
O senador Aécio classificou de “absurdas” e “requentadas” as acusações feitas a ele pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) na delação premiada que firmou com o Ministério Público Federal. O tucano também pediu investigação aprofundada de todas as citações de Delcídio a políticos, para “separar o que é verdadeiro do que é falso”.
Sobre Furnas, Aécio Neves disse que notícias sobre supostos beneficiários do esquema de corrupção na estatal existem há anos e que já houve investigações por parte do Ministério Público Federal Delcídio na delação também citou o vice-presidente da República, Michel Temer, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que negaram envolvimento com irregularidades e esquema corrupto da Petrobras.
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