POLÍTICA
Arthur e Ranieri discutem e trocam xingamentos na AL
Parlamentares entraram em choque e discutiram violentamente. Ranieri chamou Arthur de louco, mas foi chamado de insubordinado.
Publicado em 19/06/2008 às 15:53
Phelipe Caldas
A última sessão da Assembléia Legislativa da Paraíba antes do recesso, realizada nesta quinta-feira (19), foi iniciada com uma intensa discussão entre os deputados estaduais Ranieri Paulino (PMDB) e Arthur Cunha Lima (PSDB), sendo que este último é o presidente da Casa. Tudo começou depois que Ranieri, na condição de presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Assembléia, reclamou da demora em Arthur lhe indicar como representante do legislativo paraibano no Conselho Estadual de Direitos Humanos.
Arthur não gostou da reclamação e tentou contra-argumentar, dizendo que nenhuma solicitação desta tinha sido feita a ele e que o parlamentar peemedebista deveria estar enganado. A insistência de Ranieri na questão não foi bem recebida por Arthur, que perdeu a paciência. As trocas de acusações e os gritos foram se elevando, até que Arthur cortou o microfone de Ranieri.
O presidente da Assembléia chamou o adversário de “intransigente, teimoso e irresponsável”, mas não deu a oportunidade para Ranieri responder. Ele passou a palavra para o próximo orador e a sessão continuou.
Pouco tempo depois, contudo, foi a vez do próprio Ranieri subir a tribuna, e este voltou a falar do assunto. Classificou Arthur Cunha Lima de “alterado e descontrolado”. Arthur tentou mais uma vez interromper a fala do orador, e este exigiu ser ouvido. “Não comprei meu mandato. Eu fui eleito pela vontade do povo e exijo que me garantam o direito de falar desta tribuna”, esbravejou.
Arthur, sob o pretexto de iniciar a ordem do dia, mais uma vez cortou a palavra de Ranieri, gerando nova tensão no plenário. Ranieri Paulino chamou Arthur de “louco”, que voltou a gritar em resposta. Ele exigiu respeito a sua condição de presidente da Assembléia e acusou Ranieri de insubordinação.
Após o tumulto, contudo, ele declarou aberta a ordem do dia, sem antes deixar que Ranieri continuasse seu discurso.
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