Artur quer legalizar transporte alternativo

O candidato a prefeito Artur Bolinha (PTB) prometeu, se eleito, a legalização dos mototaxistas clandestinos e dos carros alternativos, promovendo a incorporação deles no sistema oficial de transporte público de Campina Grande. O compromisso foi assumido ontem à noite, no encerramento do ciclo de entrevistas da Associação Comercial em parceria com o JORNAL DA PARAÍBA.

O presidente da ACCG, Luiz Alberto Leite, acompanhou o debate com os empresários, que teve a mediação do jornalista Arimatéa Souza, colunista político do JP.

De acordo com a proposta de Bolinha, após legalizar os clandestinos, seria o transporte alternativo no município. “A nossa proposta visa evitar no futuro próximo mais prejuízos para o transporte de ônibus e táxis. Se esta medida fosse tomada no passado, o sistema hoje não tinha tantos problemas”, afirmou.
Para ele, que também defendeu um canal de diálogo permanente com as empresas de ônibus e os taxistas, o crescimento dos alternativos se deve a uma deficiência nos transportes públicos.

Outra proposta polêmica apresentada pelo prefeitável do PTB foi a construção de um matadouro público. “A Prefeitura fez uma parceria com um matadouro privado, mas ele cobra em torno de R$ 40 para abater um bovino, encarecendo o valor da carne nos mercados”, explicou Bolinha.

O candidato a prefeito também pregou a criação de uma controladoria externa e de um observatório social para fiscalizar o governo municipal. Ao mesmo tempo, defendeu a reestruturação do setor administrativo e o equilíbrio das finanças da PMCG para recuperar a capacidade de investimentos nas áreas de infraestrutura, saúde, educação e habitação. “A nossa gestão será mais administrativa e menos política”, afirmou.

O prefeitável ainda defendeu mudanças no sistema tributário municipal com a cobrança proporcional do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e reavaliação do ISS e ITBI. “A nossa proposta também inclui um sistema de metas para a arrecadação do IPTU e reverter o tributo em melhorias para o contribuinte, a exemplo da pavimentação de ruas e avenidas de Campina Grande, as quais estão cheias de buraco”, destacou Bolinha.