POLÍTICA
Bancada governista barra convocação de Coriolano
Por 11 votos a 6, os governistas derrubaram o requerimento da bancada da oposição que pedia a convocação.
Publicado em 25/11/2011 às 8:00
A bancada do prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), barrou ontem a convocação do superintendente da Emlur, Coriolano Coutinho, para prestar esclarecimentos sobre as denúncias publicadas pela revista Época. Por 11 votos a 6, os governistas derrubaram o requerimento da bancada da oposição que pedia a convocação.
Na reportagem publicada pela revista, o empresário Daniel Cosme Gonçalves diz que Coriolano Coutinho teria participação em uma suposta fraude que teria desviado R$ 2,3 milhões da licitação para a campanha de Ricardo Coutinho (PSB), seu irmão, ao governo do Estado. O desvio, de acordo com o empresário, teria sido articulado por um representante de sua empresa, Pietro Harley Félix.
“Não vejo nada de mais em convocar um auxiliar do governo”, disse o vereador Dinho (PR), que votou favorável à convocação. “Qual o problema de um secretário vir a esta Casa?”, indagou o parlamentar. O líder do prefeito, Bruno Farias (PPS), orientou seus colegas de bancada a votarem contra o requerimento, sob o argumento de que a Câmara não pode servir de palanque político para a oposição.
O vereador Tavinho Santos (PTB), autor do requerimento, disse que o irmão do governador Ricardo Coutinho é alvo de todas as denúncias que envolvem a atual gestão da Prefeitura de João Pessoa. “Não vejo problema algum desta Casa ouvir Coriolano”, justificou Tavinho. Já a vereadora Eliza Virgínia (PSDB) ressaltou que existe uma blindagem em torno da pessoa de Coriolano.
Mesmo não tendo participado da votação do requerimento, a vereadora Sandra Marrocos (PSB) fez questão de declarar sua posição sobre o assunto. Ela disse que as denúncias publicadas na Época não passam de briga de sócios, não sendo a Câmara Municipal de João Pessoa o fórum adequado para discutir o assunto.
Votaram pela convocação Milanez (PMDB), Marcos Vinícius (PSDB), Eliza (PSDB), Tavinho (PTB), Mangueira (PMDB) e Dinho (PP). Os votos contra: pastor Edmilson (PRB), Amorim (PDT), Bruno (PPS), João dos Santos (PR), Vera Lucena (PDT), Bira (PSB), Benilton (PT), Zezinho (PSB), Raíssa Lacerda (PSD), Felipe Leitão (PP) e Bosquinho (DEM).
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