POLÍTICA
Batinga denuncia abandono do Programa do Leite na PB
Deputado apresentou requerimento na Assembleia Legislativa pedindo que o Goverrno do Estado dê mais importância ao programa.
Publicado em 27/02/2013 às 6:00
O deputado Carlos Batinga (PSC) denunciou ontem que o programa Leite da Paraíba está para encerrar suas atividades no Estado. Ele disse que, caso isso aconteça, a Paraíba deixará de receber, por ano, R$ 73 milhões de recursos do governo federal que são repassados para o programa. “A paralisação completa importará em deixar 120 mil famílias carentes sem receber leite, 4.500 pequenos agricultores sem renda e centenas de trabalhadores dos laticínios desempregados, em plena seca avassaladora”, disse o parlamentar.
O parlamentar apresentou requerimento na Assembleia Legislativa apelando ao governador Ricardo Coutinho (PSB) para que seja dada a devida importância ao programa. Ele relatou que vários problemas estão ocorrendo com a execução do programa em todo o Estado. “O pagamento do leite fornecido pelos laticínios e agricultores está atrasado em mais de 70 dias (produtores) e 90 dias (lacticínios), sem previsão de ser regularizado por parte do governo do Estado”.
Além disso, Batinga afirmou que o preço do leite pago pelo governo está defasado em relação ao mercado. Segundo o parlamentar, o governo federal paga R$ 0,82, somado a um bônus de R$ 0,15 do governo do Estado, totalizando R$ 0,97, enquanto que no mercado privado o preço é de R$ 1,05. “O programa Leite da Paraíba está desabastecido em 97%”, revelou o deputado.
A informação sobre o desabastecimento foi confirmada por Lau Siqueira, presidente da Fundação de Ação Comunitária (FAC) que executa o programa no Estado.
Lau, no entanto, garantiu que não existe nenhum fechamento do programa por parte do governo federal e que a orientação dada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) é para que seja feito um recadastramento para identificar quem realmente tem direito a receber o benefício.
Após a operação da Polícia Federal denominada Amaltéia, o governo federal decidiu fazer algumas alterações no programa. A principal é que os produtores vão passar a ser pagos diretamente por Brasília.
Lau Siqueira disse, ainda, que, quando houve a operação Amaltéia, os produtores ficaram três meses sem receber. “Posso garantir que o programa está com fôlego para retomar com recursos”, tranquilizou, adiantando que o governo dispõe de R$ 20 milhões para comprar o leite.
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