POLÍTICA
Bolsonaro viaja para retirar bolsa de colostomia e Mourão assume por 48h
Mourão deverá comandar na terça-feira (29) a reunião ministerial.
Publicado em 27/01/2019 às 9:57 | Atualizado em 27/01/2019 às 12:05
O presidente Jair Bolsonaro viajou na manhã deste domingo (27) para São Paulo onde será submetido à cirurgia de retirada da bolsa de colostomia, que usa desde setembro do ano passado após ter sofrido uma facada, durante campanha eleitoral em Juiz de Fora, Minas Gerais. Ele será internado assim que chegar na capital paulista e passará por procedimentos preparatórios para a cirurgia, que ocorrerá amanhã (28), no Hospital Albert Einstein.
A partir do início da intervenção, o vice-presidente Hamilton Mourão assumirá a presidência. Ele ficará no cargo enquanto Bolsonaro se recupera da operação. Mourão deverá comandar na terça-feira (29) a reunião ministerial, que Bolsonaro passou a realizar uma vez por semana, no Palácio do Planalto.
Será a terceira cirurgia do presidente em quatro meses após ter sofrido o atentado. Desta vez, a estimativa é que a operação dure cerca de três a quatro horas. A recuperação absoluta recomendada pelos médicos deve durar 48 horas. Após o período inicial de recuperação, voltará a desempenhar as atividades como presidente da República.
O presidente permanecerá em São Paulo por um período estimado em 10 dias, acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, de ministros. Ele promete despachar diariamente.
A evolução da recuperação do paciente é que vai determinar a alta. Segundo Rêgo Barros, a imprensa será informada diariamente sobre o quadro de saúde do presidente, bem como de suas atividades no Hospital Albert Einstein.
Despachos
O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou que, na quarta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro deverá estar despachando com os assessores e ministros. “Nas 48 horas de descanso após a cirurgia, o vice-presidente assume [o cargo]. A partir daí [das primeiras horas de recuperação], ele será levado para um local na área do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital que tem condições mais humanizadas, e passará a estabelecer contatos com seus integrantes, particularmente com os ministros”, disse.
Facada
Bolsonaro usa uma bolsa de colostomia desde que foi esfaqueado em um ato de campanha, em Juiz de Fora, dia 6 de setembro. A facada atingiu o intestino e o então candidato foi submetido a duas cirurgias, uma na Santa Casa de Juiz de Fora e outra no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
A bolsa de colostomia utilizada por ele por cerca de quatro meses funciona como um intestino externo e possibilita a recuperação do intestino grosso e delgado.
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