‘Caciques’ de partidos batalham para atrair nomes de peso na PB

Do Jornal da Paraíba
Por Clóvis Gaião

A pouco mais de um mês para o encerramento do prazo de filiações ou de mudança de legenda para os que pretendem concorrer nas eleições de 2010, os ‘caciques’ dos partidos travam uma batalha silenciosa em busca de potenciais nomes para a disputa. Mas as movimentações não são tão intensas como antes da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de instituir a fidelidade partidária, que freou a tradicional inquietação dos parlamentares acostumados com a troca-troca de partido, às vésperas das eleições, e o descumprimento às regras partidárias.

Enquanto a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que abre uma janela para o político com mandato mudar de partido não é aprovada pela Câmara Federal, os políticos vão esperar até a “undécima hora”, ou seja, até o próximo dia 3 de outubro, para definir se arriscam assinar uma nova ficha de filiação ou permanecem onde estão. Por enquanto, as movimentações partidárias ficam por conta de ex-prefeitos, ex-deputados e ex-vereadores. Esses sim estão livres para definir a melhor estratégia em busca de retomar a vida política.

No jogo partidário os partidos maiores como o PSDB, PSB, DEM e PT demonstram mais cautela nas filiações e podem até perder filiados, diferentemente das legendas intermediárias e pequenas que investem nas articulações e novos filiados apostando num coeficiente eleitoral mais baixo para eleger seus representantes.

O PSDB e o PSB, apesar de terem as pré-candidaturas ao Palácio da Redenção postas do senador Cícero Lucena e do prefeito Ricardo Coutinho devem perder quadros importantes. O primeiro deve perder os suplentes de deputados Ricardo Barbosa e Ariano Fernandes, que devem ir para o PPS, e o PSB poderá ficar sem o deputado federal Manoel Júnior e os deputados estaduais Guilherme Almeida, que já pediu a desfiliação na Justiça Eleitoral, e Carlos Batinga, ambos aliados antigos do governador José Maranhão (PMDB), além da suplente de deputada estadual Nadja Palitot. Por outro lado, o PMDB deve ganhar filiados com a ascensão ao poder do governador José Maranhão com o ingresso no mês de setembro dos ex-deputados Gilvan Freire e Walter Brito Filho e do ex-senador Raimundo Lyra.

Na disputa

O PTB está na lista dos partidos que deverão receber filiados importantes até o mês de outubro. O deputado federal e presidente estadual da legenda, Armando Abílio, informou que o partido receberá a filiação do suplente de deputado estadual Biu Fernandes, que deixará o DEM, e é cogitado também pelo PP, e espera o ingresso da ex-prefeita de Guarabira Léa Toscano (PSDB), do deputado federal Wilson Braga (PMDB) e o ex-vereador de João Pessoa José Sinval da Silva. “Estamos numa campanha de filiação exitosa e esperamos até outubro estar com uma relação extensa e qualificada para compor uma chapa forte de candidatos a deputado estadual e federal”, adiantou.

Ele afirmou qua a meta do partido é participar da chapa majoritária encabeçada pelo prefeito Ricardo Coutinho (PSB) elegendo quatro deputados estaduais e dois federais. “Desta forma queremos eleger uma boa equipe para participar dessa proposta de mudança para a formação e a criação de um projeto de desenvolvimento sustentável comprometido com a cidadania e a melhoria da qualidade de vida da população”, destacou Abílio.

Abílio admitiu que foi procurado pelo PMDB e por outros partidos em função do tamanho que o partido que, segundo ele, é o 2º maior partido do Estado. “Temos hoje 23 prefeitos, 200 vereadores e 35 vice-prefeitos. Abílio afirmou que o partido não irá dar legenda, para disputar a reeleição, aos prefeitos, vice-prefeito, deputados e vereadores que estiverem no primeiro mandato e não seguirem a decisão partidária. “Os petebistas com mandato que deixarem a legenda também não terão o perdão e podem perder o cargo. O partido não irá participar dessa mesa quando a discussão for perdão aos infiéis”, avisou.

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