POLÍTICA
Câmara de Bayeux elege Luciene de Fofinho como nova prefeita do município
Já empossada, vereadora será a quinta prefeita da cidade nos últimos três anos.
Publicado em 19/08/2020 às 16:19 | Atualizado em 20/08/2020 às 7:54
A vereadora Luciene de Fofinho (PDT) venceu as eleições indiretas e é a nova prefeita de Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa. Ela conquistou 13 votos, contra dois obtidos pelo prefeito interino Jefferson Kita e outros dois para a chapa do vereador Roni Alencar. Logo após a proclamação do resultado, Luciene tomou posse no plenário da Câmara Municipal. Ela será a quinta prefeita da cidade nos últimos três anos, após Berg Lima, Luiz Antônio, Noquinha e Jefferson Kita.
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A eleição indireta em Bayeux aconteceu mais de um mês após a renúncia do ex-prefeito Berg Lima (PL). O vice-prefeito Luiz Antônio (PSDB), eleito junto com Berg, acabou tendo o seu mandato cassado em abril de 2018.
Durante a sessão, com a desistência do candidato Carlos Antônio, que fazia parte da Chapa 01, Luciene foi a primeira a discursar. Em rápidas palavras, ela destacou que a população de Bayeux precisava voltar a sonhar com dias melhores, falou da sua trajetória enquanto feirante e doméstica, além de frisar que a mulher precisa ocupar os espaços da política.
“Eu sempre tive sonhos e ousei sonhar. A população de Bayeux precisa voltar a sonhar, clamam por novos tempos. Coragem eu sempre tive, nunca tive medo de desafios e me sinto preparada para representar a população de Bayeux. Nossa cidade precisa de novos caminhos, voltar a olhar para frente. Não poderia me acovardar e me coloquei à disposição. Lugar de mulher é onde ela quiser, principalmente na prefeitura”, disse.
Os candidatos Coronel Ardnildo e Roni Alencar também discursaram. O prefeito interino Jefferson Kita não compareceu à sessão.
Assim que o resultado da eleição foi proclamado, a Mesa Diretora da Câmara de Bayeux deu posse a Luciene de Fofinho e Adriano Martins, que também é vereador e estava como candidato a vice na chapa. Logo depois, os eleitos foram caminhando, ao lado de correligionários, até o prédio da Prefeitura. No local, Luciene e alguns vereadores realizaram uma reunião.
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Confira o ‘placar’ da votação:
Chapa 2 (Luciene de Fofinho) - 13 votos:
Adriano do Táxi (PL), Adriano Martins (MDB), França (PL), Josauro (PTC), Zé Baixinho (PTC), Netinho (PDT), Lico (PDT), Guedes (PL), Luciene de Fofinho (PDT), Dedeta (PL), Noquinha (PTC), Cabo Rúbem (PL) e Uedson Orelha (PL).
Chapa 5 (Jefferson Kita) - 02 votos:
Lucília Freitas (DEM) e Betinho da RS (PDT).
Chapa 06 (Roni Alencar) - 02 votos:
Inaldo Andrade (Republicanos) e Roni Alencar (Cidadania).
Guerra judicial
Os dias que antecederam a votação foram de uma verdadeira ‘guerra judicial’, envolvendo diferentes agentes interessados no pleito. Inicialmente, a vereadora Lucília Freitas (Democratas), que não conseguiu registrar a candidatura a vice-prefeita, obteve uma decisão na Justiça de Bayeux para suspender o calendário eleitoral. Essa liminar acabou sendo suspensa por um outra decisão, provocada pelo vereador Adriano Martins (MDB).
A situação foi levada ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). Atendendo um recurso de Lucília, a desembargadora Maria das Graças Morais Guedes, determinou novas eleições apenas depois das correções do edital. Mas, essa determinação caiu após uma outra, dessa vez do desembargador Fred Coutinho, que mandou que as eleições fossem realizadas de forma imediata.
Na segunda (17), a Justiça de Bayeux determinou que a eleição fosse feita em 48 horas. Após a marcação do pleito pelo presidente da Câmara, Inaldo Andrade (Republicanos), o prefeito interino, Jefferson Kita (Cidadania), levou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) . Ele queria a suspensão do pleito até que todas as ações transitassem em julgado, mas não teve sucesso. Nesta quarta, Kita entrou com um outro pedido, dessa vez no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas não houve decisão antes da sessão.
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