POLÍTICA
Campanhas param após morte de Campos
Morte suspendeu campanhas eleitorais na Paraíba e no Brasil, com o cancelamento das agendas dos candidatos.
Publicado em 14/08/2014 às 6:00 | Atualizado em 07/03/2024 às 13:54
A morte do candidato a presidente da República Eduardo Campos (PSB), na manhã de ontem, em um acidente de avião, em Santos, no litoral de São Paulo, suspendeu campanhas eleitorais na Paraíba e no Brasil, com o cancelamento das agendas de candidatos a governador e à Presidência, e decretações de luto oficial. A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), decretou luto de 3 dias e suspendeu sua agenda pelo mesmo período. O presidenciável Aécio Neves (PSDB) também cancelou sua agenda. Na Paraíba, o governador Ricardo Coutinho (PSB) ficou profundamente abalado com a morte do correligionário, decretou luto oficial por 3 dias no Estado e cancelou as atividades de campanha por 48 horas.
Neto do ex-governador Miguel Arraes, que morreu aos 88 anos, em 2005, coincidentemente também em um dia 13 de agosto, Eduardo Campos, 49 anos, morreu quando o avião em que voava com destino a Guarujá, acompanhado por assessores, cumprindo agenda de campanha, caiu sobre um prédio em Santos (SP). (Mais sobre o acidente na página 7).
Campos estava em terceiro lugar na corrida presidencial. Tinha 8% das intenções de voto, de acordo com o Datafolha.
Ex-governador de Pernambuco e ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Lula, era considerado um dos políticos mais promissores de sua geração.
A ex-senadora Marina Silva (PSB), candidata a vice-presidente, é cotada para assumir seu lugar na cabeça da chapa. O partido terá 10 dias para decidir e anunciar a substituição.
A ex-senadora Marina Silva estava na última terça, 12, no Rio e também embarcaria ontem no avião que caiu. Na última hora, Marina mudou a rota e decidiu embarcar em um avião de carreira com assessores.
De acordo com a legislação eleitoral, o PSB terá preferência na indicação do novo nome, mas ele poderá abrir mão e integrantes dos demais partidos da coligação “Unidos para o Brasil” (PHS, PRP, PPS, PPL, PSL) também podem assumir a candidatura. Apesar de ter se registrado como candidata a vice-presidente, Marina Silva poderá abrir mão dessa candidatura e assumir a campanha presidencial caso esta seja a vontade da coligação.
Para a substituição não é necessária a realização de uma nova convenção partidária. A escolha do novo nome pode ser tomada em reunião por maioria absoluta das executivas dos partidos que compõem a coligação. (Com informações da Folhapress e Agência Brasil).
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