POLÍTICA
Candidata do PSTU quer fechamento do Senado
Rama Dantas propõe a extinção do Senado e instalação de uma Câmara Legislativa única.
Publicado em 27/08/2014 às 8:45 | Atualizado em 11/03/2024 às 10:59
A candidata a uma vaga no Senado pelo PSTU, Rama Dantas, é a favor da extinção do Senado e instalação de uma câmara legislativa única. A candidata abriu, ontem, a rodada de entrevistas com os candidatos ao Senado promovida pela rádio CBN. Entre as bandeiras de luta que pretende levar a Brasília, se eleita, Rama Dantas destacou a priorização da educação e o combate à violência e opressão contra as mulheres. O entrevistado de hoje é o candidato Wilson Santiago (PDT), a partir das 9h35.
Durante a entrevista que contou com perguntas dos ouvintes e da apresentadora Edileide Vilaça, Rama não poupou críticas ao sistema legislativo e afirmou que não vê no Senado um espaço de discussão que vai ao encontro dos anseios dos trabalhadores.
“Hoje o país tem duas câmaras. Em uma há mais discussão e participação, enquanto na outra, quando os processos chegam, eles param. Hoje, quem está no Senado é quem tem o poder no país e, portanto, vai legislar em benefício próprio. São os grandes latifundiários, empresários, representantes dos grandes bancos. Nós defendemos um sistema de câmara única e que os mandatos possam ser revogados, ou seja, que a população possa controlar efetivamente seus candidatos e representantes”, defendeu.
Rama Dantas é professora da rede de ensino municipal de João Pessoa e tem a educação como uma das suas bandeiras de luta. “As escolas estão em péssimas condições e não tem como educar sem investir, sem capacitar professores. O problema central da educação está no fato de não ser prioridade. O nosso partido participou da luta que resultou na aprovação do Plano Nacional da Educação que destina 10% do PIB para a educação”, afirmou.
O combate à violência e à opressão contra a mulher também está entre as prioridades da candidata. “A gente não pode continuar com os índices de violência que nós temos hoje, fruto da opressão e das relações machistas na sociedade. O governo não pode ficar sem investir nesse setor. Só há uma delegacia especializada em João Pessoa e outra em Campina Grande. No resto do Estado não há nenhuma. Precisamos de mais para interiorizar as delegacias e também as casas abrigos, que fazem o acolhimento da mulher após a denúncia”, destacou.
A candidata também falou sobre a redução da maioridade penal, à qual se posicionou contra; a descriminalização do aborto, em que defende que a mulher tem o direito de decidir; e a estatização dos serviços públicos, defendida pelo partido, especialmente para o transporte público. “O PSTU quer um governo voltado para os trabalhadores e que tem como prioridade permitir aos trabalhadores uma vida digna”, disse.
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