POLÍTICA
Cartaxo suspende Extremo Cultural e vai focar obras prioritárias
Prefeito da capital cancela festa que seria realizada no mês de janeiro por causa da crise econômica.
Publicado em 05/12/2015 às 13:00
A crise econômica e a expectativa de mais um ano de recessão fez a prefeitura de João Pessoa suspender o Extremo Cultural no mês de janeiro. Ao contrário do festival de música, o tradicional Réveillon na praia e a iluminação natalina estão mantidos, mas com uma estrutura menor que nos anos anteriores. A informação foi confirmada pelo secretário de Comunicação da prefeitura, Marcos Vinícius. A ideia é racionalizar os recursos e, com isso, para garantir a conclusão das obras prioritárias mesmo com o contingenciamento imposto pelo governo federal.
Desde ontem, o expediente administrativo das secretarias foi antecipado em uma hora, já que a energia elétrica fica mais cara a partir das 17h. Essa é mais uma medida adotada pelo prefeito Luciano Cartaxo para economizar diante de um cenário econômico que só piora.
De acordo com o secretário de Articulação Política de João Pessoa, Adalberto Fulgêncio, a ideia é que a prefeitura mantenha os festejos tradicionais, como Natal, Ano-Novo, Carnaval e São João, mas com investimentos menores do que em anos anteriores. “O nosso compromisso é ficar em dia com a folha, com os fornecedores, e manter principalmente os serviços de saúde, educação e limpeza urbana. A despesa é muito alta e como a receita está diminuindo, vamos apertar ainda mais os cintos”, disse.
Desde o início do ano, o prefeito Luciano Cartaxo vem adotando medidas de contenção de despesa e redução da máquina. Em janeiro, o gestor demitiu mais de 1,5 mil prestadores de serviço, além de cortar em 20% as despesas com custeio e 30% os gastos com cargos comissionados e gratificações. O corte de prestadores de serviço se repetiu no segundo semestre, com a demissão de mais servidores da saúde.
Segundo Fulgêncio, para dar continuidade aos investimentos prioritários, como a construção e reforma de creches e as obras de reestruturação da Lagoa, Cartaxo está disposto a tomar, inclusive, medidas impopulares. Não deixa de ser o caso do Extremo Cultural. O evento faz parte do calendário da cidade há 10 anos e foi responsável pela vinda de grandes artistas da música brasileira, como Gal Costa, Maria Betânia, Maria Rita e Milton Nascimento.
O projeto teve início em 2006, na gestão do então prefeito Ricardo Coutinho, com o nome de 'Estação Nordeste', passou pelas “mãos” de Luciano Agra rebatizado por 'Estação do Som', e também foi adotado por Cartaxo com o nome de 'Extremo Cultural'. A programação deste ano já foi mais modesta do que a edição de 2014, quando os shows ocorriam na sexta e no sábado. Neste ano, ficou só no sábado.
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