POLÍTICA
Cássio fica no PSDB e diz que Maranhão tem "governo ilegítimo"
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (20), ex-governador disse que permanece no PSDB e fez críticas ao governador. Cássio não quis comentar alianças para 2010.
Publicado em 30/09/2009 às 14:52
Phelipe Caldas
Quebrou a cara quem esperava alguma definição por parte do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) sobre as eleições estaduais de 2010. Em sua primeira entrevista coletiva desde que foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral, realizada nesta quarta-feira (30) na Associação Paraibana de Imprensa, ele não falou em alianças para 2010, não disse em quem votará para o Governo da Paraíba e muito menos fechou questão sobre qual é a sua atual relação com o prefeito pessoense Ricardo Coutinho (PSB).
Veja trecho da entrevista em vídeo
Cássio só encontrou tempo mesmo para soltar o verbo contra o governador José Maranhão (PMDB) e dizer que a posse do peemedebista representa um momento de retrocesso político e de atraso para a Paraíba. “Este é um governo ilegítimo comandado por um governador derrotado”, resumiu.
Cássio disse que em sua gestão ajudou a banir a prática de nepotismo no Estado, mas que esta passou a ser praticada pelo novo governo, que segundo ele trouxe novamente à tona práticas de perseguição e mesquinharia política. “O governador derrotado é o traço vivo das relações atrasadas com a coisa pública”, declarou Cássio evitando falar o nome de seu adversário José Maranhão, numa prática que repetiu ao longo de toda a coletiva.
Destacando que o Governo Maranhão é perito na “descontinuidade dos programas de governo”, Cássio Cunha Lima disse que na gestão do PMDB os convênios estão sendo descumpridos e que a cada momento pessoas humildes são covardemente exoneradas. “Não podemos nos calar nem ser omissos diante destes absurdos”, disparou.
Sobre as eleições estaduais de 2010, Cássio desconversou. “Não vou entrar no jogo do governador derrotado de antecipar o processo sucessório. Esta 'frutica partidária precoce' só faz bem ao PMDB”, opinou. “Esta é a hora de debatermos os problemas reais da Paraíba. Vamos levar este debate às ruas, porque a Paraíba vai se levantar e vai reagir as estas atrocidades do atual governo”, completou em tom solene.
Dizendo ainda que Maranhão não apresentava nada de novo para o Estado, Cássio frisou que o atual governador era adepto de práticas antigas, carcomidas e atrasadas. “Temos que combater a política do tacape, do 'quero, posso e mando' tão usual ao atual governador. Que não tem tempo para governar, mas apenas de fazer campanha e de tentar cooptar prefeitos pelo interior”, concluiu.
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