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POLÍTICA

Cássio quer rapidez na investigação e diz que 'verdade vai prevalecer'

Senador volta a negar que tenha recebido R$ 800 mil da Odebrecht.

Publicado em 14/04/2017 às 9:20

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) voltou a afirmar, na noite desta quinta-feira (13), em Boqueirão, no Cariri da Paraíba, que não recebeu R$ 800 mil da empreiteira Odebrecht, via “caixa 2”, para a campanha eleitoral de 2014, quando disputou o governo estadual. Ele pediu rapidez nas investigações.

A lista de doações do tucano, referente a 2014, traz doação de R$ 200 mil pela Braskem, do grupo Odebrecht. Todavia, o senador assegurou ser doação legal, inclusive foi declarada à Justiça Eleitoral. Sua prestação de contas da campanha foi aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).

“Eu recebi uma doação legal que foi declarada pelo grupo Odebrecht. O inquérito não é uma acusação, mas uma investigação. É preciso rapidez, clareza para que tudo seja esclarecido no menor espaço de tempo e a verdade prevaleça”, ressaltou o senador.

>>Odebrecht doou para Cássio, mas esperava a Cagepa de bandeja

A abertura do inquérito foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, relator da operação Lava Jato. Na delação premiada, o ex-presidente da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis, revelou que Cássio teria recebido R$ 800 mil no pleito para governador. Em contrapartida, se eleito, daria oportunidade para que a empresa prospectasse o investimento em saneamento básico na Paraíba, sugerindo a privatização ou terceirização do setor.

“A investigação vai descobrir para aonde foi o dinheiro. Só não foi para a minha campanha”, desafiou o senador.

Dia histórico

Cássio acompanhou o ministro Helder Barbalho no ato simbólico que marcou a chegada das águas da Transposição do rio São Francisco à bacia do açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, que abastece 19 municípios da Região Metropolitana de Campina Grande. Também integraram a comitiva os senadores José Maranhão (PMDB) e Raimundo Lira (PMDB), os prefeitos Romero Rodrigues (Campina) e João Paulo II (Boqueirão), deputados federais e estaduais e lideranças políticas.

“Um dia histórico, um momento e inesquecível. Uma nova etapa na trajetória de Campina Grande e região. Graças à diligência do ministro Helder Barbalho e a decisão do presidente Michel Temer. Tiveram (os governos de Lula e Dilma) tanto tempo para terminar a Transposição e não terminaram”, alfinetou Cássio, lembrando que as obras deveriam ter sido concluídas em 2012.

Imagem

Jornal da Paraíba

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