POLÍTICA
Cem dias de governo foram de diagnóstico e planejamento
Balanço dos 100 primeiros dias da gestão do Governo Maranhão mostra que as prioridades anunciadas pelo governador ainda não foram iniciadas.
Publicado em 28/05/2009 às 5:15
Phelipe Caldas
O governador José Maranhão (PMDB) elegeu, tão logo foi empossado, duas prioridades para o seu curto governo. Iniciado em fevereiro deste ano e com previsão para durar apenas 22 meses, a terceira passagem de Maranhão pelo Governo da Paraíba seria pautado por investimentos pesados e prioritários nas áreas de saúde e segurança. Cem dias depois, completados nesta quinta-feira (28), ainda existem cargos vagos na administração direta (como as secretarias de Interiorização e de Ciências e Tecnologia). O Governo alega que foi o período normal de “diagnóstico e planejamento”.
Na área de segurança pública, por exemplo, o governador disse logo em seu discurso de posse que precisava fazer uma ampla reestruturação nas polícias, e que esta reformulação passava pela compra de novas viaturas, de armamentos mais modernos e da contratação de novos policiais para compor o efetivo já existente nas ruas. Isto sem contar com a greve dos delegados da polícia civil, que vinha do Governo Cássio (PSDB) e que Maranhão prometia pôr um fim (o que ainda não foi resolvido).
Mais de três meses depois, os avanços práticos foram mínimos, mas o Governo da Paraíba explica que esta demora é normal. Até agora nenhuma viatura foi adquirida e pelo interior do Estado os policiais reclamam da demora em chegar os novos armamentos. Só que o governador e seus auxiliares explicam que antes disto acontecer foi necessário fazer um diagnóstico completo dos problemas encontrados, para depois dar início aos processos licitatórios.
Mas ainda no quesito segurança, um ponto positivo é consensual entre aqueles que trabalham com segurança na Paraíba. O governador vem fazendo um trabalho de “recuperação e de informatização” das delegacias e demais prédios públicos do Estado.
Já na área de saúde, a versão oficial do Governo da Paraíba é a de que foram identificados 35 hospitais com problemas de infraestrutura no Estado, sendo que destes, 26 se tratavam de obras que teriam sido iniciadas pelo então governador Cássio Cunha Lima, mas que se encontravam paralisadas.
Depois dos 100 primeiros dias de governo, contudo, nenhuma das obras foi retomada. E a equipe do governador peemedebista mais uma vez diz que a demora se dá apenas por causa das licitações que já estariam em andamento e que demandariam um período de quatro a cinco meses para o processo ser finalizado.
De toda forma, a promessa é de que até setembro sejam iniciadas as obras em 14 dos hospitais, sendo que oito deles teriam suas obras concluídas antes do final de 2009. A secretaria de Saúde, inclusive, diz que os recursos na ordem de R$ 194 milhões já estão assegurados, e que estaria faltando apenas algumas questões de projetos, licitações e contratos para as ordens de serviço serem assinadas.
Mas a grande conquista do Governo Maranhão na área de saúde, segundo o secretário José Maria de França, é que nestes 100 primeiros dias a Paraíba já teria recuperado a rede de urgência e emergência do Estado, regularizando o abastecimento de medicamentos, o rodízio de plantões e pagando os servidores da saúde que tinham vencimentos atrasados.
Interatividade
O internauta que quiser fazer uma pergunta ao governador José Maranhão (PMDB) sobre os 100 primeiros dias de gestão deve mandar um e-mail para [email protected] .
As perguntas selecionadas serão respondidas durante entrevista que o governador vai conceder às 13h na 101 FM e que será transmitida ao vivo, em vídeo, aqui pelo Paraíba1.
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