POLÍTICA
Charliton diz que 'blocão' enfraqueceu
Para presidente do PT, o blocão perdeu a razão de existir.
Publicado em 28/03/2014 às 10:01 | Atualizado em 16/01/2024 às 15:07
O presidente do PT, Charliton Machado, disse ontem que a indefinição do PP, que até hoje não apresentou o seu candidato ao governo do Estado, contribuiu para o enfraquecimento do 'blocão', movimento formado pelo PT, PP e PSC. "O blocão começou a perder força em dezembro. Eles (o PP) deveriam ter indicado um pré-candidato ao governo, mas não fizeram. Houve novo prazo e nova indefinição. Agora, parece que cada um dos partidos seguiu para um lado diferente", disse.
Para Charliton, os demais partidos que formam o 'blocão' não podem ficar na dependência do calendário do PP. “A ideia de um bloco perdeu força, perdeu vitalidade. Esperávamos um nome do PP, mas o partido não cumpriu os prazos”. O presidente petista disse que vai continuar dialogando com os dirigentes do PP, mesmo não sendo mais possível a manutenção do bloco. “Isso não impede que a gente continue conversando entre partidos”.
A última vez que o 'blocão' se reuniu foi no final de fevereiro, na sede do PSC, quando o PP comunicou que até o dia 10 de março teria uma definição sobre candidatura ao governo. Na ocasião, o presidente estadual do PP, Enivaldo Ribeiro, disse que o 'blocão' estava unido e coeso para vencer as eleições.
Ao contrário do presidente do PT, Enivaldo Ribeiro acredita que o 'blocão' ainda seja viável. Ele afirmou que o que pode enfraquecer o grupo são declarações como a de Charliton.
“Precisamos tomar cuidado com declarações como esta.
Estávamos aguardando Aguinaldo Ribeiro deixar o Ministério das Cidades para começarmos a discutir o nome que o partido vai apresentar. Ainda não chegamos a um consenso”, disse.
Ele explicou que o 'blocão' só acabaria com a saída de um dos partidos que o compõem. “Se houver uma pressão de cima, por exemplo, para o PT apoiar uma outra candidatura, então podemos dizer que o 'blocão' pode acabar", disse. Para Enivaldo, ainda é cedo para definições e o PP está aberto ao diálogo. “Já vi mudanças acontecendo na Convenção Partidária.
Quem está na política tem que estar disposto a conversar com todos. Estamos dispostos a conversar até com Veneziano, apesar de considerar que ele desagrega um pouco”, frisou. (Colaborou João Thiago).
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