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POLÍTICA

Cícero x Nilvan: conheça os perfis dos candidatos à prefeitura de João Pessoa

JORNAL DA PARAÍBA relembra trajetória de vida e de campanha dos dois concorrentes.

Publicado em 29/11/2020 às 8:02 | Atualizado em 06/07/2023 às 12:36


                                        
                                            Cícero x Nilvan: conheça os perfis dos candidatos à prefeitura de João Pessoa
Fotos: Raniery Soares

Neste domingo (29), os eleitores de João Pessoa vão às urnas para escolher o nome que comandará a cidade pelos próximos quatro anos. A disputa está entre Cícero Lucena (Progressistas), que já governou a capital paraibana por duas vezes; e Nilvan Ferreira (MDB), que concorre a um cargo público pela primeira vez. Vença quem vencer, uma coisa é certa, a cidade vai ser chefiada por um sertanejo, já que os dois postulantes nasceram na região do Sertão. Para ajudar o eleitor na escolha, o JORNAL DA PARAÍBA traçou os perfis dos dois candidatos, com pontos da vida pessoal e também das campanhas desenvolvidas por eles.

Conheça os perfis de Cícero Lucena e Nilvan Ferreira:

Cícero Lucena


				
					Cícero x Nilvan: conheça os perfis dos candidatos à prefeitura de João Pessoa
Cícero Lucena (Foto: Raniery Soares). Foto: Raniery Soares

Líder em todas as pesquisas do Ibope, Cícero Lucena voltou a disputar uma eleição após seis anos afastado da política. Para isso, ele deixou o PSDB, onde construiu grande parte da carreira e se filiou ao Progressistas. Na disputa também contou com o apoio do governador João Azevêdo (Cidadania), que indicou o vice na chapa, o vereador Leo Bezerra (Cidadania).

Ex-prefeito de João Pessoa, por dois mandatos, Cícero tem 63 anos e nasceu em São José de Piranhas, mas se mudou muito jovem para a capital. Empresário da construção civil, fixou residência, constituiu família e assumiu funções de destaque no estado. Ele também foi governador da Paraíba, senador e chefe da Secretaria Especial de Políticas Regionais, órgão do Ministério do Planejamento.

O ex-senador voltou só assumiu a intenção de voltar a participar de uma disputa eleitoral neste ano. Até 2019, a resposta para qualquer pergunta neste sentido vinha acompanhada de uma negativa. Cícero exerceu o último mandato eletivo até janeiro de 2015, quando deixou o Senado. Ele disputou a eleição para prefeito de João Pessoa em 2012, mas foi derrotado para o atual prefeito, Luciano Cartaxo (PV). Depois disso, teve as portas fechadas em 2014, quando pensou em disputar a reeleição para o Senado na chapa de Cássio Cunha Lima (PSDB).

No primeiro turno, Cícero obteve 75.610 votos (20,72%) e terminou em primeiro lugar na disputa. Após o resultado, o vereador João Almeida (Solidariedade) e o procurador Carlos Monteiro (Rede), que foram candidatos à prefeitura de João Pessoa, declaram apoio a Cícero Lucena.

Os partidos PSL, que esteve na base de João Almeida, além do PCdoB, que teve o candidato a vice e apoiou o candidato a prefeito Anísio Maia (PT) também decidiram apoiar Cícero, após o resultado das urnas do dia 15 de novembro.

Durante a campanha realizada neste segundo turno, Cícero decidiu adotar um tom de atribuir a Nilvan o papel de ‘falsear a verdade’, atrelando o candidato à Operação Vitrine, deflagrada em 2017, quando Nilvan Ferreira foi acusado de comercializar produtos falsos de marcas famosas de roupas e acessórios.

Em sua defesa, Cícero resolveu investir no discurso de que é um gestor preparado, se apegando aos cargos políticos que já ocupou no passado, inclusive o de prefeito de João Pessoa. Sua propaganda eleitoral enfatizou obras e programas realizados durante as duas gestões em que ele comandou a capital paraibana.

>>Ibope em João Pessoa: Cícero lidera com 58% dos válidos; Nilvan tem 42%

Nilvan Ferreira


				
					Cícero x Nilvan: conheça os perfis dos candidatos à prefeitura de João Pessoa
Nilvan Ferreira (Foto: Raniery Soares). Kleide_Teixeira

Apresentador de programas de rádio e TV em João Pessoa, Nilvan Ferreira tem 47 anos e nasceu em Cajazeiras, no interior da Paraíba. Na sua terra natal, iniciou a carreira na comunicação em 1997, atuando em emissoras de rádio locais. Seu início foi na Rádio Oeste da Paraíba, uma das mais tradicionais de Cajazeiras. Depois passou pela Rádio Cidade e na década de 2000, paralelamente ao rádio, entrou para a política ao assumir a secretaria de Comunicação na gestão do prefeito Carlos Antônio.

Em dezembro de 2010, já atuando na imprensa de João Pessoa, passou a ser secretário de Comunicação de Bayeux, durante o governo do também comunicador Jota Júnior.

Após passar anos à frente de programas de rádio e TV, com perfil assistencialista, Nilvan decidiu disputar uma eleição pela primeira vez e escolheu o processo eleitoral de 2020 para concorrer ao cargo de prefeito pelo MDB, tendo como padrinho, o senador paraibano José Maranhão.

No primeiro turno, Nilvan conquistou 60.615 votos (16,61%) e ficou em segundo lugar, entre os 14 candidatos. Ao contrário de Cícero, nenhum dos nomes que concorreu ao cargo de prefeito de João Pessoa declarou apoio a Nilvan. Quem decidiu seguir junto ao candidato foram os vices de Raoni Mendes (Coronel Ramalho), Ruy Carneiro (Zé Gadelha) e Wallber Virgolino (Leila Fonseca).

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues e o deputado federal Pedro Cunha Lima, presidentes do PSD e PSDB, respectivamente, declararam o apoio das duas siglas ao projeto de Nilvan Ferreira. Apesar disso, Ruy Carneiro, que foi candidato a prefeito de João Pessoa pelo PSDB, decidiu adotar uma postura de neutralidade durante o segundo turno.

Durante esta segunda etapa da campanha, Nilvan continuou com a mesma estratégia de mostrar uma postura de ser alguém 'novo' na política, afirmando que a passagem de Cícero pela prefeitura da capital não teve êxito. Tanto que Nilvan em vários momentos, lembra do episódio da Operação Confraria, em que Cícero Lucena foi preso, acusado de integrar um suposto esquema que fraudava licitações e desviava verbas da prefeitura de João Pessoa.

Nilvan afirma que por não ter feito aliança com partidos desde o seu registro de candidatura (Nilvan é candidato em uma chapa ‘puro sangue’, apenas com o MDB), terá um governo formado por gestores com qualificação técnica.

Imagem

Raniery Soares

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