POLÍTICA
Cinco dias após ser presa, Ilanna Motta é liberada e vai cumprir prisão domiciliar
Desembargador acatou requerimento que pediu a conversão da prisão preventiva em domiciliar.
Publicado em 14/09/2016 às 9:21
Uma das investigadas na Operação Veiculação, Ilanna Motta, filha da prefeita afastada de Patos, Francisca Motta (PMDB), e mãe do deputado federal Hugo Motta (PMDB), deixou a prisão no fim da noite de terça-feira (13), após o desembargador José Lázaro Alfredo Guimarães, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª região, com sede em Recife, acatar o requerimento dos advogados de Ilanna, que pediam a conversão da detenção em prisão domiciliar. A informação da liberação foi confirmada pelo 3º Batalhão de Policia Militar em Patos, onde ela estava recolhida.
Ilanna Motta foi presa após operação da Polícia Federal realizada no dia 9 deste mês, e cumpria pena no 3º Batalhão de Polícia Militar, em Patos. Illanna era chefe de gabinete da prefeitura de Patos e suspeita de participação em um esquema que superfaturava contratos referentes a locação de veículos ao município. De acordo com um dos advogados da prefeitura de Patos, a decisão do juiz também recomenda que Ilanna não faça viagens durante o cumprimento da pena.
A operação veiculação resultou no afastamento de três prefeitos do Sertão, Francisca Motta, de Patos, Renê Trigueiro Caroca, de São José do Espinharas e ainda o prefeito de Emas, José William Segundo Madruga. Francisca Motta teve afastamento cautelar e os outros dois foram presos temporariamente. Renê e Segundo Madruga também já deixaram a prisão.
O esquema de locações de veículos foi denunciado no ano passado, pelo blog de Suetoni, mostrando a relação delicada entre os empresários e agentes políticos da Paraíba. A denúncia foi desencadeada por uma operação em Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco, onde o Ministério Público descobriu a ligação da administração municipal com empresas de locação de veículos fantasmas. A ligação com a Paraíba se deu por conta de uma conta bancária de uma agência do Itaú, em Patos, pertencente a uma das empresas. O MPPE descobriu pagamentos feitos pelo deputado federal Hugo Motta (PMDB) a uma das empresas fantasmas.
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