POLÍTICA
Cláudio Lima critica atuação de promotores em reunião do TRE
Secretário de Segurança disse que muitos promotores trabalhavam poucos dias por semana.
Publicado em 30/07/2014 às 8:37 | Atualizado em 04/03/2024 às 16:07
A reunião realizada ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral em Campina Grande foi marcada pela troca de farpas entre o secretário de Segurança, Cláudio Lima e os promotores eleitorais. A reunião começou às 9h e terminou às 12h20. Uma hora antes do término, os promotores eleitorais se retiraram do auditório em protesto às críticas em relação à pouca frequência ao trabalho de alguns representantes do Ministério Público nas zonas e comarcas, principalmente os substitutos.
A polêmica foi iniciada entre o secretário de Segurança Pública, Cláudio Lima, e o promotor de Areia, Newton Chagas da Silva, também substituto de Barra de Santa Rosa. Newton questionou que na sua comarca praticamente não tem delegado há anos e mais de 200 inquéritos estão acumulados e questionou como atuar nas eleições sem a autoridade policial presente. Cláudio Lima disse que foram nomeados delegados para Areia, mas o representante do MP rebateu e criticou a segurança. Por sua vez, o secretário disse que muitos promotores trabalhavam poucos dias por semana. Newton rebateu e disse que iria ajuizar ação por Obrigação de Fazer contra o governo pela não conclusão dos inquéritos policiais.
O juiz de Solânea, Ozenival dos Santos Costa, saiu em defesa do secretário Cláudio Lima e criticou o MP, mas foi rebatido.
Ozenival chegou a afirmar que tem promotor substituto que só vai um dia na comarca. As críticas aumentaram e os promotores deixaram a reunião, alegando falta de respeito ao MP. “Eu não tenho nada contra o MP. Agora dizer que é uma instituição perfeita, organizada, linda e fantástica, não é. Eles têm dificuldades assim como nós magistrados temos, a polícia tem, a sociedade civil tem. Todos nós temos deficiência”, disse o juiz.
Já o promotor Sócrates Agra, substituto em Remígio, disse que o MP fez concurso para novos promotores, que não podem ser contratados por falta de recursos.
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