POLÍTICA
Com quatro aviões, Estado vai comprar mais um
Dinheiro usado na compra da nova aeronave deve sair, em parte, da venda de dois aviões 'velhos'.
Publicado em 21/07/2013 às 8:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:35
A Secretaria de Administração da Paraíba abre nesta terça-feira uma licitação para compra de um novo avião para o governo do Estado. Com a nova aquisição, a administração estadual terá à sua disposição uma 'frota' que poderá rivalizar com qualquer empresa de táxi aéreo: cinco aeronaves. Quando Ricardo Coutinho (PSB) assumiu o cargo de governador em 2011, apenas dois aviões ocupavam o hangar do Estado no Aeroporto Castro Pinto.
O novo avião será adquirido pelo Estado por licitação na modalidade pregão presencial, tipo menor preço por item. Poderão participar da licitação, empresas brasileiras e estrangeiras. A aeronave é do tipo bimotor convencional, com capacidade mínima de cinco passageiros e um tripulante. Deve ter no máximo 20 horas de voo e fabricação em 2013.
Esta é a segunda compra de aeronave autorizada por Ricardo Coutinho em pouco mais de um ano. Em junho de 2012, o governo comprou um King Air por cerca de R$ 12 milhões. Ainda no ano passado o Ministério da Integração Nacional cedeu para a Paraíba, sem custo, um modelo Xingu. Os dois se juntaram ao Chayenne e ao Sêneca, que formavam a 'esquadrilha' governamental há algum tempo.
O modelo a ser comprado é também um Sêneca. O edital da licitação não especifica o limite de valor de compra. No entanto, conforme sites especializados em aviação, ele está avaliado em mais de R$ 2 milhões no mercado.
Assim como os outros, ele será usado prioritariamente no transporte do governador e outras autoridades do Estado. De acordo com o chefe da Casa Militar, coronel Fernando Chaves, o novo avião vai substituir o outro Sêneca, que não tem mais condições de uso após o acidente ocorrido em um voo com Ricardo em Campina Grande.
“A recuperação não vale a pena devido ao ano de fabricação da aeronave, que é 1996. Os gastos que teríamos seria praticamente a metade do valor da nova aeronave”, afirma Fernando Chaves. O chefe da Casa Militar ressalta que o Chayenne também não tem mais condições de uso e está sem voar desde 2010. “Ele é muito antigo não existem peças fáceis de encontrar no mercado”, completa, referindo-se à aeronave comprada no início dos anos 90.
O dinheiro que será usado na compra da nova aeronave deve sair, em parte, de um leilão que o Estado vai organizar para vender os dois aviões 'velhos'. “Isso deve acontecer em um mês, possivelmente. O governador é quem vai dar o sinal verde”, declara o chefe da Casa Militar.
Na sexta-feira, dia 19, foi publicada no Diário Oficial uma portaria constituindo uma comissão da Casa Militar que terá o objetivo de realizar avaliação da atual condição operacional e previsão de preço de mercado do Chayenne e do Sêneca. O processo antecede a realização do leilão e a comissão terá o prazo de 10 dias para concluir o trabalho.
Fernando Chaves justifica que apesar do Xingu e do King Air estarem em perfeitas condições de uso, a nova aeronave é, sim, necessária porque o seu tamanho pequeno permite que ela aterrisse em locais menores e de difícil acesso.
Durante passagem por Patos, na última sexta-feira, Ricardo Coutinho deu a mesma justificativa do coronel Chaves para a compra do avião. “Tem regiões na Paraíba que essa aeronave aqui (o King Air) não pousa, tem que ter uma menor como aquela que se acidentou. Tem pistas que você pousa que são de barro”, disse. O governador também ressaltou que o leilão dos aviões será uma forma de proteger o patrimônio do Estado.
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