POLÍTICA
Confusão e tumulto marcam audiência de Bolsonaro na Câmara de JP
Publicado em 19/11/2015 às 16:39
Antes mesmo de chegar ao prédio da Câmara Municipal de João Pessoa, onde cumpriu agenda em uma Audiência Pública, o deputado Jair Bolsonaro, provocou uma confusão generalizada. Mesmo sem a presença dele, uma multidão de aproximadamente 200 pessoas, composta por militantes pró e contra o parlamentar se enfrentaram após serem proibidas de entrarem no prédio pelos seguranças da Casa Napoleão Laureano.
No grupo do contra estavam mulheres e índios. Do outro lado, os simpatizantes do deputado. O resultado foi gente ferida e uma porta do prédio quebrada. A polícia chegou a usar spray de pimenta e bombas de efeito moral e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. A sessão foi proposta pela vereadora Eliza Virgínia (PSDB) e foi aprovada com placar de 11 a 9 votos.
Os índios estava no local para se manifestar contra contra a PEC 215, que é a favor da delimitação e demarcação das terras indígenas dos Tabajaras da Paraíba. O grupo responde a uma provocação do polêmico deputado que acha que as terras de comunidades indígenas são ruins ao agronegócio. Os índios e movimentos sociais presentes são integrantes da Frente Brasil Popular. Os indígenas relataram que foram agredidos e discriminados pelos policiais presentes.
Em seu discurso na Câmara, o deputado ironizou discursos recentes da presidente Dilma Rousseff e disse que não é contra negros, não defende política de coitadismo e que é contra as cotas para acesso a universidade e concursos público. Questionado sobre quem seria um vice, caso ele fosse candidado a presidente, enfatizou que seria um general de quatro estrelas.
Sobre o tumulto em frente da Câmara, o parlamentar destacou que os movimentos sociais presentes são patrocinados pelo Partido dos Trabalhadores. Por volta de 17h, os manifestantes deixaram o local do protesto.
A vereadora Eliza Virgínia, propositora da Audiência, disse em seu discurso no plenário que os seguranças da Câmara não impediram a entrada dos manifestantes, que ela classificou como 'oposição' e que eles foram impedidos de entrar porque estavam armados, "inclusive quebraram a porta", finalizou.
O deputado segue agenda nesta sexta-feira e sábado. Às 19h de hoje, ele participa de um jantar e amanhã encontra-se com militares da reserva no Clube Cabo Branco.
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