POLÍTICA
Congresso cria CPI do Cachoeira
Políticos processados participam da comissão, entre eles Fernando Collor de Mello e Cássio Cunha Lima.
Publicado em 20/04/2012 às 8:00
Criada ontem pelo Congresso, a Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar as atividades do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, deverá ter entre seus 32 integrantes 17 deputados e senadores com pendências na Justiça.
Entre os indicados, estão os senadores Fernando Collor de Mello (PTB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que respondem na Justiça respectivamente por corrupção ativa e passiva, crime de responsabilidade fiscal e crimes contra a administração pública, entre outros.
Afastado da Presidência da República por corrupção em 1992 e mais tarde absolvido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), Collor voltou a enfrentar problemas na Justiça depois de voltar à política e se eleger governador de Alagoas.
Cunha Lima chegou a ser barrado pela Lei da Ficha Limpa antes de o Supremo decidir que a lei não valeria para a eleição de 2010.
O senador teve o mandato de governador cassado em 2009 por abuso de poder econômico e político.
Outros oito políticos indicados para a CPI são alvo de ações movidas pelo Ministério Público ou pelos Estados para apurar, entre outros crimes, improbidade administrativa e execução fiscal. Os partidos já indicaram 25 dos 32 integrantes da comissão, mas pode haver mudanças, porque o governo tem procurado selecionar parlamentares mais afinados.
VITALZINHO
O PMDB do Senado pretende escalar o líder do governo, Eduardo Braga (PMDB-AM), para integrar a tropa de choque. O senador Vital do Rego (PMDB) vai ser indicado para a presidência, enquanto o PT da Câmara discute o melhor nome para ocupar a relatoria da CPI.
Os deputados Odair Cunha (MG) e Paulo Teixeira (SP) são cotados depois que Candido Vaccareza (PT-SP) foi vetado pelo governo.
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