78 mil famílias da Paraíba estão na “fila de espera” para entrar no novo Bolsa Família

Atualmente, 523 mil famílias estão cadastradas para receber o benefício a partir do dia 17 deste mês. O governo ainda não definiu de onde vai sair o dinheiro para o programa em 2022.

Foto: Francisco França/Arquivo
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Foto: Francisco França/Arquivo

O governo federal ainda não sabe de onde vai tirar o dinheiro para pagar o Auxílio Brasil, o novo Bolsa Família, mas já sabe que tem uma fila de quase 3 milhões de famílias esperando a inclusão delas no programa.

Aqui na Paraíba, são 78 mil famílias com perfil e que estão numa “fila de espera” para entrar no programa, segundo o secretário de Desenvolvimento Humano, Tibério Limeira.

Atualmente, na Paraíba, 523 mil famílias recebem o benefício. Cada pessoa da família vive com menos de R$ 89 mês. Um dos critérios para entrar no programa.

Se considerarmos quatro pessoas por casa, a estimativa é que no estado pouco mais da metade da população, 2 milhões de pessoas estão na chamada “linha de pobreza” ou “extrema pobreza “.

O governo federal havia dito que iria zerar a fila de espera do Auxílio Brasil agora em novembro, primeiro mês de pagamento do programa de transferência de renda, mas, com a contas orçamentárias “desorganizadas” e sem dinheiro garantido, empurrou a medida para dezembro.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e os governistas ameaçam não ter dinheiro para o programa se a PEC dos Precatórios não for aprovada. A PEC empurra dívidas do governo para e cria um mecanismo para “furar” o teto de gastos.

Pagamentos 

Este mês, segundo o ministro da Cidadania, João Roma, os beneficiários que estão cadastrados vão receber o valor atual com acréscimo de 17,8%. O valor inicial era de 20%. Quem estiver fora do grupo vai ter que esperar.

Em dezembro, o valor deve subir para R$ 400. Foi o que prometeu o minsitro, sem garantias de recurso.

Apesar da promessa, o secretário de Desenvolvimento Humano da Paraíba, Tibério Limeira, disse ao Conversa Política que não sabe como o governo vai operacionalizar o novo programa e que o estado não recebeu informações sobre o novo Bolsa Família.

Tibério lamenta o fim do BF como era, estruturado e com previsibilidade. Agora, segundo ele, é um programa focado no ano eleitoral que ninguém (estados e municípios) ainda sabe como vai funcionar, na ponta, na vida real.