CONVERSA POLÍTICA
Carta de Natal: secretários de Saúde reagem e decidem que não vão exigir prescrição para vacinar crianças
A afirmação é uma reação ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que disse que o ministério recomendará que as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas, desde que haja prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais.
Publicado em 24/12/2021 às 13:03
Em meio à polêmica criada pelo governo federal, por meio do Ministério da Saúde, em relação à vacinação de crianças contra Covid-19, os secretários estaduais de Saúde do país, que integram o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, resolveram escrever uma carta destinada aos "pequenos" e, claro, para seus pais.
O presidente do Conass, Carlos Eduardo de Oliveira Lula, assinou o documento em que afirma que os estados não vão exigir pedido médico para a vacinação de crianças.
A afirmação é uma reação ao ministro da Saúde Marcelo Queiroga, que disse que o ministério recomendará que as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas desde que haja prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais.
Vacinação autorizada pela Anvisa
A vacinação desse público com o imunizante da Pfizer foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 16 de dezembro. A Anvisa é o órgão responsável pela palavra final em relação à liberação de vacinas.
O Ministério da Saúde ainda não adotou medidas para iniciar a aplicação da vacina em crianças. Porém, anunciou a realização de uma consulta pública para ouvir a sociedade a respeito da imunização desse público.
Infelizmente há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus. Mas com o Zé Gotinha já vencemos a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos. E é esse recado que queremos dar no dia de hoje, véspera de Natal: quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças", afirmaram.
Mesmo com sinal verde da Anvisa, o ministro Queiroga afirmou diversas vezes que a autorização da agência não é suficiente para iniciar a vacinação.
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