Veneziano diz que até o fim de janeiro define futuro do MDB na Paraíba para 2022

O senador Veneziano Vital do Rêgo, que é presidente do MDB na Paraíba, resolveu deixar para o fim de janeiro a resposta para uma pergunta que vem sendo feita reiteradamente a ele, nas últimas semanas: estará ou não com o governador João Azevêdo (Cidadania) na campanha? Em entrevista à CBN João Pessoa, nesta quarta-feira (29), ele manifestou o desejo de estar na majoritária no próximo ano, mas afirmou que esta não será uma definição monocrática.

Como presidente estadual do partido, quer ouvir as lideranças sobre o que é melhor para o futuro do MDB. Nesse contexto, o senador conduz uma legenda dividida entre candidatura própria, inclusive com seu nome na disputa, e aliança com João Azevêdo em seu projeto de reeleição.

Ela (a tese do MDB na majoritária) é defendida por mim e tenho falado isso e renovo enfaticamente que não será a minha opinião, mesmo na minha condição de estar presidindo o partido, que será definitiva, ou seja, não será monocrática a posição do MDB", reiterou.

A polêmica do distanciamento entre ele e o chefe do Executivo se tornou público desde a solenidade do aniversário de Campina Grande, quando Ana Cláudia, secretária de estado e esposa do senador, não foi convidada para compor mesa no evento. A relação política desde então segue em 'banho-maria', apesar de Veneziano recentemente retomar o contato, por telefone, com o governador e Ana Cláudia estar sempre presente nas agendas do governo.

Definições

A definição, segundo Veneziano, deve sair até janeiro porque o partido precisa recompor seus quadros para a disputa eleitoral e há prazos no calendário eleitoral que precisam de atenção. O primeiro deles é o da desincompatibilização de cargos públicos, em 2 de abril, para quem deseja disputar um cargo nas Eleições 2022. 

Veneziano tem que equacionar essa outra necessidade da legenda: recuperar uma cadeira para o MDB na Câmara Federal. O partido não tem deputados federais e apenas um deputado estadual. Isso repercute na divisão do fundão eleitoral.

"A minha responsabilidade como presidente é poder fazer os convites, fazer o convencimento e constituir duas chapas competitivas para que nós aumentemos a nossa participação na Assembleia, como também voltemos a ter participação na Câmara dos Deputados. Não podemos postergar para fevereiro, março, essa decisão", completou.