CONVERSA POLÍTICA
Paraíba tem 8 dos 10 municípios do Brasil com piores índices de abastecimento de água, diz IBGE
O município de Santa Cecília lidera a lista com 99,5% de precariedade no sistema, seguido por Baraúna, com 99,2%, e Marcolândia (PI), com 99,1%.
Publicado em 23/02/2024 às 11:52 | Atualizado em 23/02/2024 às 18:25
A consolidação de dados do Censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022 traz dados 'assustadores 'para Paraíba, quando o quesito é saneamento básico. Com necessidade de autoridades justificarem menos e agirem mais.
Os dados são duros e explicam, com as consequências em cadeia, os graves problemas que temos na educação, saúde e geração de renda.
Dos 10 piores municípios do Brasil em abastecimento de água 8 estão da Paraíba.
O município de Santa Cecília lidera a lista com 99,5% de precariedade no sistema, seguido por Baraúna, com 99,2%, e Marcolândia (PI), com 99,1%.
Sem uma rede de abastecimento estruturada, a população só conta com os caminhões-pipa para suprir sua necessidade básica. Veja ranking:
Canalização
Quando o recorte é a canalização, fazendo a água chegar às residências, os municípios nordestinos novamente são os que possuem mais problemas e a Paraíba vai ao topo.
Nosso estado lidera, infelizmente, a estatística, nos três primeiros lugares: Damião, com 74,1% da cidade sem água canalizada, seguida por Algodão de Jandaíra, com 73,5%, e Riacho de Santo Antônio, com 72,5%. Confira:
Saneamento Básico
Além disso, 102 cidades paraibanas têm mais da metade da sua população sem esgotamento sanitário. Entre as cidades que ainda precisam ampliar a assistência de saneamento básico estão Bayeux, Mamanguape, Santa Rita e Conde.
O que disse a CAGEPA?
Nota divulgada no site na íntegra
A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) vem ampliando sua área de atuação para novos municípios do estado e investindo em obras para garantir segurança hídrica para toda população paraibana. A partir deste cenário de ampliação da atuação e diante dos dados expostos no Censo 2022 do Instituto de Geografia Estatística (IBGE), a empresa traz alguns esclarecimentos.
Inicialmente, a Cagepa destaca que três cidades, Alcantil, Baraúna e Santa Cecília, não têm o abastecimento de água operado pela companhia.
Em Santa Cecília, a Cagepa passará a assumir o abastecimento de água em março deste ano, quando deve ser concluído o projeto de implantação de rede de abastecimento, orçado em mais de R$ 3,8 milhões, que já se encontra em fase de testes.
O abastecimento de água nos municípios de Alcantil e Baraúna não é de responsabilidade da Cagepa, no entanto, Baraúna será contemplada com as águas da primeira etapa da Transparaíba Curimataú, orçada em R$ 413 milhões. Já Alcantil está aguardando a conclusão do sistema adutor Boqueirão, obra da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos.
O município de Gado Bravo está regularmente abastecido pelo Sistema Aroeiras/Gado Bravo, inclusive com projetos de obras de melhoria e extensão de rede. Damião também se encontra plenamente abastecido, inclusive recebendo obras de ampliações de rede, e a distribuição será ampliada na segunda etapa da Transparaíba Curimataú, uma obra avaliada em R$ 300 milhões.
Algodão de Jandaíra, Sossego e Riacho de Santo Antônio estão com abastecimento suspenso temporariamente, devido à escassez hídrica. A estatal ressalta ainda que o município de Sossego também está na lista das cidades que serão contempladas na primeira etapa da Transparaíba Curimataú, um investimento de R$ 413 milhões.
Por fim, a Cagepa destaca ainda que os dados apresentados são atuais da Companhia, que estarão consolidados nos índices apresentados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) referente ao ano de 2023.
Com informações da Folha/g1 PB
*Matéria atualizada às 18h20 com inclusão da nota da CAGEPA.
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