CONVERSA POLÍTICA
Alexandre Soares diz que é opção para combater "filhotismo na política" no Senado
O advogado foi o primeiro entrevistado na sabatina com os candidatos ao Senado da CBN Paraíba, iniciado nesta segunda-feira (29).
Publicado em 29/08/2022 às 11:16 | Atualizado em 31/08/2022 às 10:58
O advogado Alexandre Soares, candidato ao Senado da Paraíba pelo PSOL, disse que seu nome é uma opção para combater o "filhotismo na política" e que, caso eleito, terá como pauta prioritária romper com o cenário de desigualdade social. Ele foi o primeiro entrevistado na sabatina com os candidatos ao Senado da CBN Paraíba, iniciado nesta segunda-feira (29).
Dentre as principais propostas lançadas por ele para combater a pobreza no país, como senador, é investir um ações que promovam uma renda justa, que haja a revisão da tabela do imposto de renda para desonerar uma parcela da população que foi sacrificada pela crise econômica. "Não existe maior tecnologia do que tirar as pessoas da miséria", afirmou.
Relação com a Rede
Além dos projetos, o candidato foi questionado sobre a dissidência interna na federação Rede/PSOL. O seu partido tem a candidatura própria de Adjany Simplicio ao governo e a sua ao Senado. Mesmo assim, filiado à Rede apoiam a reeleição de João Azevêdo e manifestam apoio a Pollyanna Dutra para senadora.
Alexandre Soares manifestou incômodo ao ser questionado pelas ações dos filiados à Rede, embora tenha ponderado que o único que recebeu autorização para dissidência, conforme o estatuto, foi o deputado Chió. "Nenhum filiado a mais tem autorização para divergir", pontuou.
O candidato justificou que o pragmatismo foi determinante para a federação e destacou que o Psol e Rede têm pautas semelhantes, no Congresso e contra as investidas do presidente Jair Bolsonaro, como a questão do orçamento secreto, a defesa dos povos originários, do meio ambiente, desmonte do serviço público. "A gente tem muita unidade. Aqui na Paraíba nosso estatuto autorizou a divergência (...)", ponderou.
Reformas
Alexandre Soares defendeu uma revisão do sistema de previdenciário. "Para contemplar o destinatário, como o próprio BPC, que dentro do conjunto é o que mais atende a essa crise de desemprego no país. Sendo franco, a nossa proposta para a reforma é de revogação. E quando a gente fala de revogação não significa que o Psol não está aberto ao diálogo, mas é preciso que ele seja revisto", comentou.
Sobre a Petrobras, o candidato afirmou que o presidente está fazendo uma privatização fatiada e o lucro da estatal não vai para a população, mas para os acionistas. "As refinarias estão gratuitamente sendo privatizadas e isso repercutir no preço da gasolina para a gente", justificou.
Alexandre Soares também se posicionou sobre a PEC 32 de reforma administrativa que está no Congresso Nacional e, segundo ele, precariza as relações de trabalho dos servidores estatutários. "Se a gente não tivesse estabilidade o governo Bolsonaro estaria exonerando por decreto servidores que tem sido assediados e perseguidos, como policiais federais, professores, agentes do Ibama, por exemplo", afirmou.
Aborto e legalização das drogas
Questão nacionais como aborto e legalização das drogas também foram abordadas pelo candidato. Para Alexandre, a forma como esses temas polêmicos são apresentados não tem sido pedagógicos e, em certa medida, irresponsável, ao afirmar que o PSOL é a favor da legalização das drogas de forma irrestrita. "Defedemos a legalização da canabis para fins terapêuticos.Todo mundo que tem a ciência como norte de orientação, todo mundo sabe que ela tem benefícios do ponto de visto terapêutico", disse.
Sobre o aborto, ele comentou que o tema precisa ser tratado sem tabu e como política de saúde pública como em países que já avançaram em dar suporte a mulheres que optam pelo aborto, numa abordagem não punitiva.
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