CONVERSA POLÍTICA
Às vésperas do fim do decreto, Paraíba é classificada em 'alerta crítico' pela Fiocruz
Publicado em 24/03/2021 às 7:31 | Atualizado em 22/06/2023 às 14:08
Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA
O decreto do governo da Paraíba com medidas restritivas para conter o avanço da covid-19 perde o vigor na próximo sexta-feira (26). Os números de mortes em decorrência da doença e, principalmente, a superlotação de leitos de UTI Covid-19 no estado, devem impor medidas ainda mais restritivas por parte do governador João Azevêdo (Cidadania) nos próximos 14 dias.
Esta, inclusive, é a recomendação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em um boletim da entidade divulgado nesta terça-feira (23) após analisar a situação do sistema hospitalar em todo o país. Com exceção para Amazonas e Roraima, todos os estados do Brasil e o Distrito Federal estão na classificação de "alerta crítico".
O boletim aponta que a Paraíba tem taxa média de ocupação de 83% de leitos de UTI Covid-19 para adultos. Os dados batem com os divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) que apontam, ainda, que na Região Metropolitana de João Pessoa, o índice é de 93%; em Campina Grande, 73%; e no Sertão, 95%. Foram mais de 100 internações em 24 horas.
"Desde o início do mês de março, o país assiste a um quadro que denota o colapso do sistema de saúde no Brasil para o atendimento de pacientes que requerem cuidados complexos para a Covid-19. (...) Este colapso não foi produzido em março de 2021, mas ao longo de vários meses, refletindo os modos de organização para o enfrentamento da pandemia no país, nos estados e nos municípios", informa o Boletim da Fiocruz.
Além de sugerir a restrição das atividades para buscar a "redução de cerca de 40% da transmissão", os especialistas pedem o uso obrigatório de máscaras por pelo menos 80% da população.
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