CONVERSA POLÍTICA
Bruno e Azevêdo juntos no Salão do Artesanato é demonstração de civilidade política
Os dois estão em campos políticos opostos e, com certeza, ano que vem, Bruno disputará a reeleição contra um nome escolhido pelo governador para ser adversário.
Publicado em 09/06/2023 às 9:02 | Atualizado em 09/06/2023 às 9:20
Há quem discorde e fica procurando 'chifre em cabeça de cavalo'. Mas é preciso registrar que a presença do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSC), e do governador João Azevêdo (PSB), juntos, na abertura do Salão do Artesanato, ontem (08), foi uma demonstração de civilidade política, sim.
Os dois estão em campos políticos opostos e, com certeza, ano que vem, Bruno disputará a reeleição contra um nome escolhido pelo governador para ser adversário.
Eles já trocaram muitas farpas, em especial na pandemia. Aliados políticos de ambos, frequentemente, fazem críticas mútuas sobre as gestões e ações em prol de Campina. Ok. Faz parte das guerras de narrativas com olhar eleitoral.
Mas, em um ano que nem é de eleição, toda as arestas são mais importantes que valorizar a cultura e o artesanato paraibano, no evento mais importante do calendário turístico do estado? Não.
Demonstrar união de forças, mesmo com as diferenças, no fortalecimento desse momento único para Campina, nos 40 anos do 'Maior São João do Mundo', é simbólico.
O episódio não deveria ser tratado como 'espetacular', porém como não é momento recorrente, acaba ganhando destaque.
Perguntado, o governador afirmou: "É assim que se faz política. Representa civilidade e respeito. As pessoas misturam toda vez que tem uma relação institucional com a política".
Bruno também foi na mesma linha. "E nesta hora não existe política. Estou aqui para prestigiar a abertura. Quero reforçar a importância dessas pautas que ficam acima da política. Temos que deixar a política de lado e todo mundo trabalhar em prol de Campina Grande", cravou.
É civilidade política como exceção.
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