Mais de 1.600 câmeras: entenda como vai funcionar o Centro Integrado de Comando e Controle da Paraíba

Como parte das entregas na comemoração pelos 438 anos de João Pessoa, o governador João Azevêdo (SPB) inaugurou, nesta sexta-feira (4), o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) de João Pessoa. O Centro vai atender a toda Região Metropolitana, com atuação no fortalecimento da segurança pública, e deve viabilizar a integração da segurança e troca de informações com os Centros de Campina Grande e Patos.

O que o governo espera ?

O governo espera que o equipamento seja fundamental para elucidação de crimes por causa alta tecnologia para auxiliar a segurança pública.  Segundo o governo, o investimento ultrapassa R$ 130 milhões.

Que órgãos o Centro vai integrar?

No local, ficarão de prontidão equipes da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Penal, além do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), bem como de parcerias com outras forças policiais, a exemplo da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O equipamento terá ainda o botão de pânico, dispositivo fundamental contra a violência de gênero, principalmente.

Justificativas

Para o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Sérgio Fonseca de Souza, será possível fornecer uma resposta mais rápida a sociedade, a exemplo do que vem acontecendo em Campina Grande após a inauguração do equipamento no município.

"Esse centro integrado traz a possibilidade de você agregar não só as forças estaduais, mas as forças municipais, tem a possibilidade de integrar câmeras que algumas prefeituras já têm instaladas. O centro traz essa eficiência e essa pergunta-resposta. Eu particularmente acompanhei o São João em Campina Grande diretamente lá do Centro, onde  você tem a oportunidade de ver o que estava acontecendo não só lá no Parque do Povo, mas também em toda a cidade ”, destacou.

Parceria com estados

Ao entregar o Centro, o governador assinou um Termo de Cooperação Técnica com o estado do Ceará, que também tem um Centro Integrado de Comando e Controle para que haja uma conexão de sistemas.

"Essa troca de informação é fundamental para elucidação de crimes que possam acontecer. Esse é o primeiro passo para que a gente possa fazer a ligação de todo o Nordeste", afirmou João Azevêdo.

Câmeras

O Centro de João Pessoa, o de Campina e o de Patos, agora, possuem telas com imagens de 1.600 câmeras espalhadas pelo estado, alimentando o sistema de videomonitoramento.

A ferramenta, segundo o governo, é essencial no aprimoramento do trabalho das forças policiais, tanto na coibição quanto na inibição de crimes.

Os equipamentos estão divididos nas seguintes categorias: câmera de contexto, câmeras Speed Dome, câmeras com reconhecimento facial e câmeras de leituras de placas (LPR).

No caso de reconhecimento facial, por exemplo, permite identificar indivíduos procurados pela Justiça, assim como ajudar na busca de famílias desesperadas por algum parente desaparecido.

O governo garante ainda que a leitura de placas permite a identificação de veículos com restrições — que tenham sido roubados ou furtados, por exemplo.

Já a tecnologia Speed Dome oferece captura de imagens de alta qualidade, com movimentos verticais e horizontais, além de zoom ótico com ampliação em até 25 vezes.

Interligação 

Os Centros Integrados de Comando e Controle, assegura o governo, interligam-se com o Sistema de Procedimento Policial (SDP), Sistema Lince, Sistema Córtex, Infopen (Bancos de Dados Estadual), UE Brasil ( monitoramento de tornozelados), e o Programa Hikcentral Professional, permitindo uma resposta mais rápida para a população e instituições públicas e privadas.