CONVERSA POLÍTICA
Cícero Lucena defende que vacinação contra Covid-19 seja por idade e proposta será levada ao Ministério da Saúde
Publicado em 19/05/2021 às 13:50 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:11
Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), está defendendo que o critério idade, e não apenas do grupo prioritário definido no Plano Nacional de Imunização, seja usado para determinar a ordem de vacinação. A sugestão, segundo ele, será levada à reunião da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) agendada para esta quinta-feira (20). A ideia é conseguir apoio para que o Ministério da Saúde mude as regras do jogo.
Cícero Lucena explicou que vem recebendo muitas demandas da população que cobra a vacinação de pessoas que estão fora dos grupos prioritários, mas teriam, por justiça, também direito à imunização. Na lista estariam, por exemplo, cuidadores de idosos, pais de pessoas com deficiência ou síndrome de down, garis, e até pastores e padres, um pleito debatido, ontem, na Câmara Municipal, por sinal. "É muita demanda para isso", desabafou.
"Se baixar a idade para 59 anos, vai avançar muito mais, porque nessa idade já teve gente com comorbidade, com deficiência, que trabalha na saúde, educação e a gente vai chegando mais cedo", defendeu o prefeito.
A ideia é que idade seja o critério após conclusão da vacinação dos primeiros grupos vacinados, como idosos e pessoas com comorbidades.
Briga na Justiça
A aceleração da vacinação em João Pessoa tem sido alvo de manifestação dos Ministérios Públicos Federal e Estadual da Paraíba, que cobram da prefeitura o respeito à ordem do PNI. O imbróglio na Justiça teve início após o anúncio da imunização dos trabalhadores da Educação com doses, que segundo os MPs, deveriam ser destinadas nesse momento aos grupos anteriores, como pessoas com comorbidades e moradores de rua.
A prefeitura tem negado qualquer irregularidade e, hoje (19), Cícero voltou a tocar no assunto. Ele disse que teve uma reunião produtiva com o MP da Paraíba no qual foi esclarecidos alguns pontos. "Quando avançamos com a vacinação não deixamos de vacinar as pessoas dos grupos anteriores. O que não podemos é esperar todo mundo daquele grupo se vacinar para começar a próxima etapa", afirmou.
Comentários