Cidade da Paraíba decreta 'toque de recolher' e volta a fechar comércio por causa da Covid-19

Por ANGÉLICA NUNES e LAERTE CERQUEIRA

Os moradores de Esperança, município do Agreste paraibano, terão que voltar a viver sobre as regras de medidas bem mais restritivas, como o toque de recolher e o fechamento do comércio, igrejas, bares e restaurantes. A decisão foi tomada pelo prefeito Nobinho, atendendo recomendação do Ministério Público após os casos e óbito em decorrência da Covid-19 aumentarem expressivamente no mês passado, justamente o período em que a cidade progrediu para a bandeira amarela.

O novo decreto, anunciado nesta quinta-feira (6) nas redes sociais da prefeitura, tem validade até o dia 31 deste mês. No período estarão fechados bares. Os bares poderão funcionar com delivery ou retirada no local. Já as escolas funcionarão apenas via ensino remoto (online). Também estarão proibidos de funcionar academias e igrejas.

O decreto também estabelece que, a partir das 21h30 haverá toque de recolher na cidade, ou seja, ninguém pode ficar na rua.

O comércio fecha nos finais de semana e a feira será transferida para a sexta-feira. Só poderão funcionar nos finais de semana os serviços essenciais.

Nas redes sociais, a prefeitura alerta que, "de nada adiantarão essas medidas, se as pessoas continuarem se aglomerando clandestinamente. O retorno das atividades depende da colaboração da população".  Além disso, segue, afirma que haverá fiscalização na cidade e na zona rural, e estabelecimentos que desobedecerem ao decreto, promovendo aglomerações, serão multados.

Situação

A cidade de Esperança acumula 2829 casos confirmados de contaminação pela Covid-19 e 56 óbitos em decorrência da doença. Apenas nos quatro meses deste ano, tivemos o dobro de mortes que ocorreram durante todo o ano de 2020. Até o dia 30 de dezembro de 2020, haviam 17 óbitos registrados pelo vírus nesta cidade, hoje (29 de abril de 2021), já passam das 48 mortes neste município”, lamentou recentemente a 2ª promotora de Justiça de Esperança, Fábia Cristina Dantas Pereira.

Confira aqui o novo decreto de Esperança