CONVERSA POLÍTICA
Conversa rápida: maior parte dos trabalhadores do HNSN, em JP, não é "fura-fila" e deveria receber 2º dose da vacina
Publicado em 11/02/2021 às 19:11 | Atualizado em 30/08/2021 às 19:03
Por LAERTE CERQUEIRA
Se a Justiça quer ser pedagógica proibindo que parte dos funcionários do Hospital Nossa Senhora das Neves (HNSN) tome a segunda dose da Coronavac, escolheu o alvo errado para "punir".
É que os funcionários estavam numa lista da unidade hospitalar, que recebeu orientação da Secretaria de Saúde de João Pessoa, com normas e procedimentos alheios à decisão deles.
Tudo bem que alguns (é preciso investigar quantos) podem ter usado o cargo, o poder, a função, para se beneficiar. Mas a maioria, não.
Esse caso é diferente daqueles que os gestores, secretários e parentes de políticos receberam doses antes das prioridades por causa de uma relação de poder.
Se a secretaria de Saúde de JP não orientou bem os diretores da unidade, ou se o hospital agiu errado (e a direção disse que seguiu normas da secretaria), não são os trabalhadores que devem ser prejudicados.
A imunização tinha que continuar para evitar desperdício, uso errado da vacina e, principalmente, diminuição da eficácia, segundo especialistas.
Eles não são fura-filas. Eles estavam numa lista. Tenho certeza que a maioria não se incluiu, mas foi incluída.
Cabe aos executores do programa de imunização da unidade a explicação. E, se agiram de maneira errada, sem seguir o que estava no papel - naquele momento - que se encontre uma punição. O alvo, por enquanto, está errado.
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